No âmbito dos compromissos assumidos na mesa redonda de Bruxelas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, entregou nesta sexta-feira vários veículos ao governo da Guiné-Bissau no quadro de assistência ao desenvolvimento da ONU ao país.
O lote composto por quatro viaturas, 22 motos e 650 bicicletas é parte das dos US$ 13 milhões que a agência da ONU pretende investir só em 2016 para apoiar a implementação de ações identificadas no plano de trabalho contínuo do governo e Unicef.
Cooperação
Os planos resultam de análise e planificação conjunta entre o governo e a Unicef e vão em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. Também constituem a primeira etapa para concretização do programa de cooperação bienal Unicef-Guiné-Bissau para o período 2016-2017.
Em conversa com a Rádio ONU na capital guineense, o representante da Unicef, Abulacar Sultan, disse que o ato marca o culminar dos trabalhos com o governo no âmbito do programa de cooperação de cinco anos alinhado com o plano estratégico e operacional "Terra Ranca".
Ondas de Greve
"Marca o iniciar deste ciclo de dois anos, 2016-2017 na expetativa de que através deste processo comecemos a impor uma nova dinâmica no sentido do fortalecimento dos sistemas nacionais de serviços de atendimento as populações, esta é nossa grande expetativa".
Isto numa altura que os setores da educação e saúde estão a braços com uma onda de greves sem precedentes, dois grandes fatos que marcam negativamente a situação da criança guineense, de acordo com o representante do Unicef.
Progressos
Para Abubacar Sultan, a paralisação sem fim vêm agravar os índices negativos relativamente à qualidade do ensino, à garantia do direito das crianças à educação. Segundo ele, greves podem pôr em causa os progressos alcançados.
" Alcançamos grandes avanços ao longo do último ano na redução da mortalidade materna e infantil, acesso das crianças à educação, combate à mutilação genital feminina, HIV Sida, acesso à água potável. Apesar das dificuldades, é importante acelerar para que não percamos estes ganhos".
A greve no setor da educação paralisou por completo as escolas públicas do país cujos estudantes correm risco de perder o ano letivo, enquanto no setor de saúde já provocou mais de duas dezenas de mortes, segundo fontes sindicais.
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