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Joseph Pulitzer

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Humildade sorôdia ou esvaziamento de ideias ?

Orlando Lopes é diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, da Guiné-Bissau, e está no Centro Hospitalar do Médio Tejo numa missão para conhecer a realidade e dinâmica dos diferentes serviços do CHMT e gestão hospitalar. 


“Aceitei o desafio para gerir o Hospital Simão Mendes, há três meses, e esta missão vai ajudar muito para melhorar o serviço no Hospital Nacional Simão Mendes. Só hoje já aprendi muita coisa. Estou muito satisfeito. Sei que tenho um desafio enorme, enormíssimo mesmo, que é fazer algo para melhorar os cuidados na prestação de serviços, reorganizar os serviços no Hospital, e nestas poucas horas que estou aqui já aprendi imenso, disse Orlando Lopes.

O diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes espera “ter muita informação e muitos documentos para poder adaptar à minha realidade. Obviamente que nem tudo pode ser replicado no meu Hospital, mas vou tentar adequar, na medida do possível, os ensinamentos que levar daqui. Estou muito contente porque aqui vou aprender muitas coisas para aplicar na Guiné-Bissau”. Para isso Orlando Lopes vai “visitar todos os serviços, falar com todos os diretores de serviço, saber como funcionam e ver toda a parte administrativa. Vim com vontade de aprender”.

O Conselho de Administração do CHMT manifestou “toda a disponibilidade para acolher o diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes, numa parceria com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical e da Fundação Calouste Gulbenkian… que financiou a deslocação de Orlando Lopes, tendo consciência da oportunidade que é para este responsável da saúde Guineense o contacto com outras realidades e no que isso possa representar para a melhoria dos procedimentos de organização hospitalar no hospital que é referencia para a população Guineense, que é o Simão Mendes.

A escolha do CHMT deve-se, também, ao facto do presidente do Conselho de Administração, Carlos Andrade, conhecer bem a realidade hospitalar do PALOP’s tendo estado já por diversas vezes no próprio Hospital Nacional Simão Mendes. Desta forma procura-se assim potenciar o máximo aproveitamento da missão de aprofundamento de conhecimento do diretor-geral do Hospital Nacional Simão Mendes.



"Flagrante tentativa de silenciar o povo guineense e amputar o direito à liberdade de manifestação pacifica"

O Governo da Guiné-Bissau proibiu manifestações nas imediações do Palácio da Presidência contra o chefe de Estado, José Mário Vaz.


Um comunicado do Ministério da Administração Territorial indica que não deverão ser feitas manifestações ou marchas na Praça dos Heróis Nacionais e no largo da Câmara Municipal de Bissau, que ficam perto do Palácio da Presidência.
Com tal, as autoridades dizem que querem garantir a liberdade de circulação aos cidadãos que não fazem parte de manifestações que têm sido organizadas pelo Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados contra a crise política que afecta o país nos últimos 15 meses.
Aquele movimento pede a renúncia do Presidente José Mário Vaz ou a dissolução do Parlamento e realização de novas eleições.

Manifestação em Bissau, na sequência da instabilidade política. Foto enviada via WhatsApp por Amadu Buaro





Em comunicado, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, não tem dúvidas que a decisão governamental expressa uma flagrante tentativa de silenciar o povo guineense e amputar o direito à liberdade de manifestação pacifica.
A organização lembra que o exercício da liberdade de manifestação, não está condicionado à autorização das autoridades publicas, muito menos do Governo. Daí que, na perspectiva da Liga, o despacho do Ministro da Administração Territorial, Sola Kilim, entidade que tutela a Camara Municipal de Bissau, “alem de ser ilegal, é desprovido de quaisquer fundamentos, porquanto as manifestações, até aqui realizadas, decorreram de forma pacifica e dentro da normalidade”. 

Face à medida do Governo, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, condena, desde logo, qualquer tentativa de proibição da liberdade de manifestação na Guiné-Bissau, ao mesmo tempo que “exorta o Ministério da Administração Territorial e do Interior para absterem-se dos actos capazes de agudizar ainda mais, a sensível e complexa crise política”.
À opinião pública nacional e internacional, a organização alerta sobre “as consequências que esta medida representa para o actual período porque passa o país”. 

Uma outra organização que se juntou às vozes de repúdio às decisões do poder instituído, é a Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau, uma organização que junta diferentes associações dos jovens guineenses, legalmente instituídos.
Para a RENAJ, a medida do Governo, em proibir as manifestações, “é uma violação dos direitos mais elementares sobre os quais assentam os fundamentos do Estado de Direito e Democrático”.
A Rede Nacional das Associações Juvenis exige, por isso, ao Ministério da Administração Territorial, o respeito pelo primado da lei, instando, assim, ao Governo a renovação a sua decisão. 

De referir, entretanto, que o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, que está à frente das manifestações, anunciou que não vai desarmar-se, mesmo com a medida anunciada pelo Governo em proibir as manifestações. E, confirmando esta posição, o Movimento convocou, para esta Sexta-feira, 18 de Novembro, mais uma manifestação de rua para exigir a dissolução do parlamento ou a renúncia do próprio Presidente da República




«Temas Contemporâneos», com um ensaio fotográfico sobre a escravatura de crianças no Senegal e na G-Bissau

O Fórum da Maia recebe mais uma vez a exposição anual do concurso internacional de fotografia, sendo que as imagens premiadas podem ser vistas até 8 de dezembro. A entrada é gratuita.


Entre as obras presentes estará o trabalho do australiano Warren Richardson, vencedor do primeiro prémio de 2016 com uma imagem que retrata dois refugiados a passar um bebé através de uma vedação de arame farpado, na fronteira entre a Sérvia e a Hungria. Em agosto de 2015, o fotojornalista australiano acompanhou um grupo de 200 refugiados durante cinco horas para captar a imagem que intitulou de «Hope For a New Life».

Também a edição deste ano conta com um trabalho nacional do fotógrafo português Mário Cruz (da agência Lusa), vencedor na categoria «Temas Contemporâneos», com um ensaio fotográfico sobre a escravatura de crianças no Senegal e na Guiné- Bissau. Mário Cruz junta-se agora à lista de outros quatro profissionais portugueses distinguidos pelo World Press Photo, na qual constam Eduardo Gageiro, Carlos Guarita, Miguel Barreira e Daniel Rodrigues.

À 59ª edição do concurso World Press Photo concorreram quase seis mil fotógrafos de 128 países, num total de mais de 82 mil imagens.




terça-feira, 15 de novembro de 2016

Em quantos anos de independência ??!!


G-Bissau revela mediocridade da classe política

A Liga Guineense dos Direitos Humanos diz ser de "uma mediocridade espantosa" o nível da classe política do país perante a crise que assola as instituições da República bloqueadas devido aos conflitos pessoais.


A posição foi transmitida hoje por Augusto da Silva, presidente da organização, no ato de apresentação do relatório sobre a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau no período de 2013 a 2015.
Para a Liga, as desavenças pessoais entre os responsáveis políticos guineenses conduziriam ao bloqueio das instituições, nomeadamente o Parlamento e o Governo, levando a que o plano de ação e o Orçamento Geral do Estado para este ano não fossem aprovados. 

O país deixou de executar políticas públicas e consequentemente tem deixado a população sem serviços básicos ao nível da saúde, educação ou acesso à justiça, acrescentou.
"Assistimos a uma crise política que foi forjada gratuitamente pela ganância da nossa classe política. A crise está a corroer as bases da nossa coesão, da nossa independência e o fundamento do nosso Estado", observou Augusto da Silva.
O presidente da Liga diz ser urgente que a classe política ponha termo à crise antes que a situação descambe e traga consequências imprevisíveis para o país.
Augusto da Silva antevê "dias difíceis" para a Guiné-Bissau se persistirem as ondas de greves na função pública, as manifestações de rua por parte dos jovens, enquanto perdura o impasse entre a classe política na busca de um consenso para a saída da crise. 

O dirigente da Liga exorta a classe política e o Presidente guineense, José Mário Vaz, em particular, no sentido de respeitarem na íntegra os compromissos assumidos perante os chefes do Estado de África Ocidental como "a derradeira oportunidade" patrocinada pela comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau. 

Os compromissos em causa visam a formação de um Governo inclusivo que possa gerir o país até às eleições legislativas marcadas para 2018.
 


Interposta ditadura suave....

O Governo da Guiné-Bissau proibiu manifestações junto ao Palácio da Presidência contra o chefe de Estado, José Mário Vaz, lê-se num comunicado.


Um comunicado assinado pelo ministro da Administração Territorial, Sola Nquilin, dá conta da proibição de qualquer manifestação ou marcha na Praça dos Heróis Nacionais e no largo da Câmara Municipal de Bissau, ambos os locais nas imediações do Palácio da Presidência.
O ministro faz saber que a medida visa garantir liberdade de circulação aos cidadãos que não adiram às manifestações que têm sido organizadas pelo Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados contra a crise política que afeta o país há 15 meses.
O movimento, constituído na sua maioria por jovens, pretende que o Presidente guineense renuncie ao seu mandato por ser, alegadamente, o responsável pela crise política.
A proibição das manifestações só poderá ser anulada perante um despacho do próprio ministro da Administração Territorial, lê-se no comunicado.
Lesmes Monteiro, porta-voz do movimento, disse, esta terça-feira, à Lusa que a polícia dispersou uma vigília que o grupo tentou realizar na segunda-feira à noite na Praça dos Heróis Nacionais, tendo sido agredidos alguns participantes na manifestação.
O dirigente adiantou que os protestos vão continuar, devendo ser organizados noutros lugares de Bissau.



O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu, nesta terça-feira, o Governo do primeiro-ministro Baciro Djá por este não ter conseguido aprovar no Parlamento o seu programa de ação e o Orçamento Geral do Estado.
No decreto presidencial lido na rádio nacional guineense, José Mário Vaz justificou a sua decisão com o respeito pelos preceitos constitucionais que mandam que o Governo seja demitido caso não possua os dois instrumentos de governação.
O chefe do Estado guineense considerou ainda que o Governo de Baciro Djá não foi capaz de ultrapassar o bloqueio que se assiste no Parlamento onde os dois principais partidos, PAIGC e PRS, não se entendem há mais de um ano.

Foram proibidas quaisquer manifestações junto ao Palácio da Presidência, lê-se num comunicado, conhecido nesta terça-feira.




segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Ditadura de um estado falhado...

JOMAV, acaba de concluir mais um curso de "Ditador Suave" num estado de acéfalos, preparando-se para proporcionar novo número de "Circo Politico" ao povo.