O Presidente de transição da Guiné-Bissau,
Serifo Nhamadjo, está a partir de hoje 9/9/2013) a trabalhar e a residir no
Palácio da República, na capital, disse à agência Lusa fonte do seu
gabinete.
Parcialmente destruído na guerra de 1998-99, o edifício foi
recuperado pela China no âmbito da cooperação entre os dois países e foi
entregue em julho, após 18 meses de obras de reabilitação e ampliação
que custaram 6,5 milhões de euros.
De acordo com a mesma fonte, o Presidente esperava apenas por
equipamento e mobiliário para realizar a mudança, que se concretizou no
domingo.
Serifo Nhamadjo residia até agora na Casa de Pedra, junto às
instalações da Presidência da República, na Avenida da Unidade Africana.
"Hoje é o primeiro dia de trabalho" no Palácio da República, acrescentou.
Os conselheiros de Serifo Nhamadjo vão, no entanto, continuar a
trabalhar nas instalações da presidência e a mudança fica para mais
tarde.
O Palácio da República, o mais emblemático edifício público da
Guiné-Bissau, deixou de ser utilizado a 07 de maio de 1999, quando a
então Junta Militar do general Ansumane Mané bombardeou o edifício por
acreditar que o presidente Nino Vieira estaria escondido no imóvel.
Na realidade, quando a Junta invadiu Bissau, já Nino se tinha posto
em fuga: escondeu-se primeiro na casa do bispo de Bissau e mais tarde na
Embaixada de Portugal de onde sairia dias depois para um exílio de sete
anos em Portugal.
O palácio tinha sido construído por Portugal ainda no tempo colonial e
o último embaixador português no país cedeu ao Governo guineense a
maquete e a memória descritiva do edifício, que se destaca pela
imponência, no centro de Bissau.
Entretanto, com as mudanças agora realizadas, o primeiro-ministro de
transição, Rui Duarte Barros, vai também ocupar novas instalações,
referiu fonte da presidência.
Está previsto que passe a morar na Casa de Pedra e a trabalhar no espaço que era utilizado por Nhamadjo.
(in:Lusa)
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