COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer
Mostrar mensagens com a etiqueta Militar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Militar. Mostrar todas as mensagens

domingo, 2 de outubro de 2016

Presidente promove militares

A medida pretende "contribuir para a elevação da dignidade no exercício dos cargos perante os seus homólogos estrangeiros" sem implicar qualquer "agravamento das despesas públicas", refere a resolução 1/2016 do órgão liderado pelo Presidente da República, José Mário Vaz.


Pela história do país, Biague Na Ntan é o segundo Chefe militar a beneficiar da mais alta promoção, a General da Divisão, depois de João Bernardo Vieira, antigo Presidente do Conselho de Estado no regime mono partidário.
A promoção do Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, de tenente-general para a General de Quatro Estrelas, aconteceu no último Conselho Superior da Defesa Nacional.

Na resolução, assinada pelo Presidente da República, lê-se que o reajuste não acarreta despesas ao Estado e visa contribuir para a elevação da dignidade do exercício dos cargos perante os homólogos estrangeiros.
Ao todo são cinco promoções; o Chefe do Estado-maior da Armada, o Comodoro Carlos Alberto Mandughal foi promovido a Contra Almirante e o seu adjunto Armando Siga saiu de capitão-de-fragata para Comodoro.

No exército, o vice-chefe do Estado-maior, o coronel Steve Lassana Massaly é agora Brigadeiro-general.
O coronel Albertino António Cuma, Comissário político do Estado Maior General das Forças Armadas, foi promovido a Brigadeiro-general.

Estas promoções acontecem numa altura que em que o país, afectado pela grave crise político-institucional, procura implementar as reformas nos sectores da Defesa e Segurança.
 
 
 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Instituto de Defesa Nacional da G-Bissau

O Instituto de Defesa Nacional (IDN) da Guiné-Bissau pretende promover o diálogo entre militares e civis, visando "derrubar as clivagens" que ainda persistem entre as duas classes, anunciou hoje o presidente do organismo, Terêncio Mendes.


O IDN vai organizar durante quatro dias uma ação de formação, a terceira deste ano, orientada por especialistas do Centro de Relações Civil-Militar de Monterrey, do estado norte-americano da Califórnia.

É a segunda vez que o centro americano dirige um seminário do género na Guiné-Bissau, a convite do IDN do guineense, desta vez para cerca de 40 pessoas, entre civis e militares.

"O seminário visa sobretudo promover a concórdia, o entendimento e a harmonia entre civis e militares, pois são ambos filhos da mesma pátria. Se faltar esse entendimento, o país ressente-se", assinalou o presidente do instituto.
Os trabalhos incluem um debate sobre o papel dos militares num estado de direito democrático e como estes se devem relacionar com os civis e vice-versa, naquilo que diz ser uma "aproximação salutar".

No último ano, foram promovidas visitas a hospitais e centros de acolhimento de crianças carenciadas e para breve prevê-se o envolvimento de militares nas atividades de algumas escolas e universidades em Bissau.

"As relações estão a melhor, mas ainda não estamos no nível desejado. No passado as relações entre os civis e militares foram marcadas por crispação, o que é normal, tendo em conta que o país viveu momentos de muita convulsão", defendeu Terêncio Mendes.

A Guiné-Bissau viveu uma guerra civil que envolveu as forças militares entre 1998 e 1999.

Os militares têm também interferido no processo político, como aconteceu no golpe de estado de 12 de abril de 2012, que levou a um período de transição governamental de dois anos.


(DW)
 

sábado, 10 de setembro de 2016

Cabo-Verde acolhe exercício militar ‘Felino 2016’ da CPLP

A cidade da Praia será palco, de 12 a 23 deste mês, do exercício ‘Felino 2016’, que envolve militares de todos os países da CPLP.


O objetivo deste treino militar, em formato exercício na carta, é preparar a task-force Conjunta e Combinada no âmbito da CPLP para atingir, manter e otimizar a capacidade de intervenção em missões de apoio à paz e apoio humanitário, aos níveis operacionais e tácticos.

No âmbito da preparação do ‘Felino 2016’ foram realizadas três conferências de planeamento visando preparar toda a documentação suporte do Exercício.
 



quinta-feira, 21 de abril de 2016

Patologia golpista crónica de um subdesenvovido país

Conselheiro do PR da Guiné-Bissau avisa partido no Governo que militares “estão com o Presidente”


Um conselheiro do Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, é acusado pelo partido no Governo do país, PAIGC, de ter afirmado numa reunião que os militares e os tribunais "estão com o Presidente".

Em comunicado de imprensa, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), diz que Avelino Cabral, conselheiro para a defesa e segurança do Presidente guineense, na sua qualidade de membro do Comité Central do partido, teria feito tais afirmações na última reunião do órgão iniciada na noite de segunda mas só encerrada na madrugada de terça-feira.

"Há dias um conselheiro do Presidente da República para o setor da Defesa e Segurança veio ameaçar os dirigentes e militantes do partido em plena reunião do Comité Central realizada entre 18 a 19 de abril corrente, com menções de recurso às armas e o controlo da justiça entre outros", lê-se no comunicado.

O partido afirma ainda ter registado "com surpresa e preocupação" as palavras proferidas por Avelino Cabral quando este admite que as Forças Armadas "estavam ao dispor e ao lado do chefe de Estado para o que desse e viesse".

"O Conselheiro do Presidente da Republica foi ainda mais longe ao afirmar que as pretensões do PAIGC ao se pronunciar sobre a necessidade do Partido mobilizar todos os seus militantes e estruturas para a luta no sentido da manutenção das conquistas resultantes da vontade popular expressas durante as ultimas eleições legislativas, estavam condenadas ao fracasso, porque o PAIGC e os seus militantes só dispunham de meios de luta tipo 'intifada' (arremesso de pedras e paus) enquanto eles dispunham de meios mais coercivos, ou sejam armas e decretos", diz o comunicado.

O PAIGC espera uma clarificação do alcance das afirmações do conselheiro presidencial, sob pena de concluir que aquele falou supostamente em nome do próprio José Mário Vaz e ainda que sejam tomadas medidas políticas contra Avelino Cabral.

O partido diz também que aguarda por uma tomada de posição das Forcas Armadas perante "as perigosas conotações" com a instituição castrense, enaltecendo a equidistância dos militares até aqui na luta política no país.
 
 
 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Política criminal e projeto de Código da Justiça Militar em debate

O sector da Justiça da Guiné-Bissau está reunido a partir de hoje para preparar novas leis sobre política criminal e um projecto do Código da Justiça Militar, anunciou o Governo e a missão da ONU no país.


O 5.º Fórum Nacional de Justiça Criminal inclui na agenda “a elaboração de uma lei-quadro sobre política criminal, assim como a conformidade do projecto do Código da Justiça Militar com padrões internacionais”, refere a organização em comunicado.

Vão estar também em debate “a reforma dos sistemas de justiça criminal comum e de justiça militar” e os casos de “crimes ambientais” cometidos no país.

Os trabalhos decorrem até Sexta-feira no Palácio do Governo, em Bissau.
“O Fórum Nacional Anual de Justiça criminal é o único evento dessa natureza a congregar todos os actores do sistema de justiça criminal na Guiné-Bissau, a vários níveis, envolvendo diversos sectores, e ainda os parceiros regionais e internacionais”, destaca a organização.

Uma relatora especial das Nações Unidas, a argentina Mónica Pinto, avaliou o sector em Outubro e concluiu que a justiça “não chega às pessoas”.
Por outro lado, referiu que a impunidade “é quase crónica” e a investigação “tem pernas curtas”.

Face a este cenário, que inclui ainda baixos salários e falta de segurança para os agentes de Justiça, Mónica Pinto concluiu que “o risco para a independência judicial é muito grande e o terreno é cada vez mais fértil” para que “a corrupção possa dominar”.

O acesso à Justiça faz parte dos objectivos de desenvolvimento sustentável até 2030, subscritos pelas Nações Unidas.
 
 
 
 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Banco Mundial, revê despesas na Defesa e Segurança para a G-Bissau

A convite do Governo, através do Ministro da Economia e Finanças, a missão exploratória do Banco Mundial chefiada por Eric Brintet, especialista chefe em gestão financeira, que é acompanhado por Paolo Zacchia, economista chefe do escritório do BM em Dakar e coordenador de programas.


De acordo com a nota de imprensa do Ministério das Finanças, a missão tem como finalidade "apresentar as modalidades e os possíveis objectivos de uma tal revisão e discutir com as autoridades civis e militares a fim de garantir aos intervenientes um total apoio a nível político".

Nesta fase, a revisão consistirá numa avaliação da gestão financeira das forças de defesa e de segurança para se obter uma visão exaustiva dos pontos fortes, fraquezas e riscos inerentes. Este estudo irá permitir também formular recomendações para aumentar, com o apoio do Banco Mundial, o desempenho dessa gestão e reforçar as suas capacidades. Numa segunda fase será prestada assistência às autoridades na avaliação da eficiência e eficácia das despesas do sector, na sua composição e evolução.



domingo, 22 de novembro de 2015

Departamento de Defesa dos EUA oferece treino militar para Senegal Armée de l'Air

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos trabalhou recentemente com senegalesa Armée de l'Air (Força Aérea) para fornecer treino militar em preparação de carga aérea e planeamento de carga para membros do exército senegalês. O treino irá ajudar em futuras manutenção da paz senegalês e esforços humanitários. Os cinco melhores alunos formados foram seleccionados para treino avançado para se tornarem instrutores.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Tribunal Militar condena Elísio Mendes a dois anos de prisão efectiva

O colectivo de juízes da Vara Crime do Tribunal Regional Militar condenou esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, o 2.º Sangrento Elísio Gomes Mendes, a uma pena de dois anos de prisão efectiva, tendo com fundamento as acusações feitas pela Promotoria da Justiça Militar.

 
Acusado pela Justiça Militar guineense, Elísio Gomes Mendes era indiciado pela prática de tráfico e venda de armas aos ladrões de gado na região de Cachéu, norte da Guiné-Bissau.

Trata-se de um caso raro de audiência, discussão, julgamento e consequente condenação pública por parte desta instância judicial, sendo que o réu condenado pertencia à unidade militar de Bula, região de Cachéu.

Na cerimónia de leitura de acórdão estiveram representantes do Ministério da Defesa Nacional e de outras instituições militares, numa cerimónia que teve lugar no Clube das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

Não foi registada a presença do advogado de defesa do réu, contudo uma fonte do Tribunal Militar informou que foi constituído um advogado oficioso para este efeito.
 
 
 
 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Portugal e UE levam mais água à segunda maior cidade da G-Bissau

Cerca de 15 mil pessoas, metade da população de Bafatá, segunda maior cidade da Guiné-Bissau, vai passar a ter acesso a água para usar no dia-a-dia graças a um projecto financiado por Portugal e pela União Europeia, anunciaram os promotores.


«A obra insere-se na reabilitação e expansão de infraestruturas» de diversos bairros de Bafatá, cuja conclusão está prevista «para março», referiu Giacomo Tedesco, membro da TESE Sem Fronteiras, uma organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) portuguesa criada em 2002.

O projeto com o título em crioulo «Bafatá misti mas iagu», que em português significa «Bafatá quer mais água», está orçado em 250 mil euros.

Está prevista a abertura de dois furos com capacidade de abastecimento de 18 metros cúbicos de água por hora, instalação de onze fontanários, um reservatório reabilitado e reparação de vários quilómetros de condutas subterrâneas.

A obra inclui ainda a instalação de três geradores fotovoltaicos para o funcionamento de bombas submersíveis, que vão permitir levar a água dos furos até à população.

O fornecimento de água pretende inverter um cenário adverso.

A Guiné-Bissau continua a ser um dos países mais pobres da África Ocidental.

Segundo dados de 2010 recolhidos pelo Governo e agências internacionais, citados pela TESE, apenas 66% das famílias do país têm acesso a uma fonte melhorada de água potável e 18% a um saneamento adequado.

"A região de Bafatá é referida como uma das mais afetadas pela pobreza absoluta e pela pobreza extrema em 2010", destaca a ONGD portuguesa.

Bafatá conta com uma população de 28.067 habitantes, na sua maioria mulheres (51%), dos quais apenas 52% dispõe de acesso a uma fonte de água melhorada.

O projeto "Bafatá Misti Mas Iagu" é promovido pela TESE Sem Fronteiras, tendo como parceiros a Associação de Saneamento Básico Proteção da Água e Ambiente de Bafatá (ASPAAB) e a Agência Holandesa de Desenvolvimento (SNV), com os associados Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) e Delegacia Regional de Recursos Hídricos de Bafatá (DRRH-B).

O projeto é financiado pela União Europeia e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua.

A TESE Sem Fronteiras (TESE-SF) dedica-se à promoção do acesso sustentável de comunidades rurais e periurbanas do continente africano a serviços e infraestruturas sociais nos setores da água, saneamento e promoção de higiene e energia.
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

G-Bissau e Brasil devem acordar nova parceria na área militar

O Brasil e a Guiné-Bissau estão estudando possibilidades para fechar um acordo de cooperação na área da Defesa. A informação foi dada à Rádio ONU pelo embaixador brasileiro junto à organização, Antonio Patriota.


Segundo o embaixador, a ministra guineense da Defesa, Cadi Seidi, visita o Brasil ainda neste mês de dezembro para analisar vias de cooperação militar.

Treino

"Podemos conversar também sobre perspectivas de cooperação na área militar entre os dois países. Projetos que já existem em andamento foi da constituição de um centro de treinamento de policiais, chama-se João Landim, fica perto da capital de Guiné-Bissau. E foi utilizado durante o processo eleitoral para o treinamento de polícias do país. Por exemplo, para que as eleições transcorressem em ambiente de segurança e normalidade."

Desde meados deste ano, a Guiné-Bissau tem um novo governo, democraticamente eleito, após mais de dois anos da realização de um golpe de Estado, que tirou do poder o ex-primeiro-ministro e o presidente interino.

Aposentadoria

Uma das medidas no novo governo de Domingos Simões Pereira foi utilizar um processo de consulta para promover a aposentadoria e reforma de alguns quadros militares do país.

Segundo o embaixador Antonio Patriota, a nova fase democrática da Guiné-Bissau facilita a retomada da cooperação com o Brasil em outras áreas como cultura e negócios.

"Continuamos com um programa que é levado a cabo pelo Centro de Estudos Brasileiros em Bissau, que envolve eventos culturais ligados à língua portuguesa que nos aproxima. Eu espero que surjam também oportuniddes de retomarmos uma cooperação econômica mais estreita. Não inteiramente a cabo do governo, mas também que o setor privado brasileiro, que já tem uma presença na África Ocidental bastante considerável, se interesse pelas oportunidades existentes em Guiné-Bissau."

Antonio Patriota é também responsável pela estratégia de paz da ONU para a Guiné-Bissau no contexto da Comissão de Consolidação da Paz da organização que conta com vários países incluindo a nação de língua portuguesa.
 
 
(Antonio Patriota Foto: ONU/Paulo Filgueiras)
 

PM quer mais envolvimento na reforma da Defesa

Durante um conjunto de reuniões com parceiros internacionais em Nova Iorque, em novembro, Domingos Simões Pereira defendeu o envolvimento de outras organizações internacionais "sob a coordenação das Nações Unidas".


Solicitado pelos jornalistas a esclarecer a posição, Domingos Simões Pereira disse hoje que "nunca pôs em causa a presença da Ecomib", contingente de 700 militares e polícias da África Ocidental estacionado na Guiné-Bissau na sequência do golpe de estado de abril de 2012.

"Nunca pusemos em causa a presença da força da Ecomib. Falamos da presença e da participação de outras entidades" no processo da reforma do setor militar guineense, afirmou Domingos Simões Pereira, à margem da abertura de um seminário sobre proteção civil.

O primeiro-ministro esclareceu que "nunca falou de uma nova força" para a Guiné-Bissau, mas sim de uma estrutura para dar formação e ajudar na reinserção social dos militares a serem desmobilizados, entre outros aspetos da reforma.

Essa estrutura teria também como finalidade mobilizar recursos para o Fundo de Pensões para os militares que vão deixar o exército guineense, notou Domingos Simões Pereira.

Sobre a continuidade ou não da Ecomib na Guiné-Bissau, o primeiro-ministro guineense disse ser um dos assuntos em análise na cimeira de chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que terminou na segunda-feira, na Nigéria.

Hoje, à chegada a Bissau, depois de participar naquele encontro, o Presidente guineense, José Mário Vaz, referiu que ficou acordada a "prorrogação" da missão da Ecomib por mais seis meses, renováveis.

A posição faz parte do comunicado final da cimeira, em que a CEDEAO apela à comunidade internacional para ajudar a suportar o mandato daquela força de estabilização.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sombras: CPLP renova apelo a reformas no setor de segurança na G-Bissau

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reafirmou ontem a reforma no setor de defesa e segurança e da justiça na Guiné-Bissau durante a cimeira que assinalou o regresso do país à organização.


Os chefes de Estado e de Governo da CPLP defenderam, numa declaração conjunta, "a necessidade da reforma do sector de defesa e segurança e da justiça, enquanto elementos fundamentais de uma estratégia de estabilização eficaz e duradoura".

O Conselho também saudou a realização das eleições na Guiné-Bissau, a restauração da ordem constitucional e "a criação de condições essenciais para a consolidação da estabilidade política e governativa, do Estado de Direito, do desenvolvimento, da democracia e da justiça social".

Na declaração final da cimeira, os líderes lusófonos, fazem um apelo para que as novas autoridades do país prossigam "o diálogo político, como meio de alcançar o consenso político à volta das prioridades nacionais, nomeadamente a implementação de reformas do Estado, a consolidação da estabilidade, o do Estado de direito, a revitalização da economia e a coesão nacional".

Foi recomendada uma concertação com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), procurando a estabilidade política, social e económica do país.

Os chefes de Estado e de Governo manifestaram a disponibilidade dos Estados membros da CPLP para estabelecer esforços na "assistência financeira ao Programa de Urgência do Governo guineense e apelar aos parceiros internacionais de desenvolvimento para concessão de ajuda ao país".

A direcção da CPLP recomendou ao secretariado executivo do bloco lusófono e ao representante especial da organização em Bissau (o brasileiro Carlos de Alves Moura) "o acompanhamento regular da situação interna na Guiné-Bissau e a manutenção de um quadro de concertação e interacção com o Governo e os parceiros internacionais e regionais sobre a assistência internacional ao processo de normalização política e institucional do país".

Na declaração final da X Cimeira de chefes de Estado e de governo do bloco lusófono, divulgada hoje, sublinhou-se também necessidade de acompanhamento regular pela CPLP da situação interna da Guiné-Bissau, com vista à normalização política e social do país.

Os chefes de Estado e de governo da CPLP congratularam-se com o retorno da Guiné-Bissau à organização e pela realização "das eleições gerais de 13 de abril e na segunda volta das eleições presidenciais de 18 de maio de 2014 e manifestaram satisfação pela contribuição da Missão de Observação Eleitoral da CPLP no acompanhamento do pleito".

Foi recomendado, na declaração final da Cimeira, a concertação da CPLP com a CEDEAO e da CEDEAO com as demais organizações internacionais para a estabilização da situação política, social e económica da Guiné-Bissau.

A cimeira de hoje assinalou o regresso do país à organização, depois do golpe de Estado de 2012, mas também a entrada da Guiné Equatorial na CPLP.





segunda-feira, 21 de julho de 2014

Senegal quer solução urgente e definitiva à crise israelo-palestiniana

Num comunicado do Conselho de Ministros, o Governo do Presidente Macky Sall indica que a solução deve ter em conta os "direitos legítimos" do povo palestino.


O Senegal preside actualmente ao Comité das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, refere.

Sábado transacto, o Governo senegalês convidou Israel a ter "moderação", apelando para a cessação da violência e um cessar-fogo imediato, bem como reafirmou a solidariedade e apoio à causa palestina.

Expressou preocupação perante a escalada da violência entre o exército israelita e combatentes palestinos.

Pelo menos 267 palestinos, na sua maioria civis, foram mortos desde o início dos ataques aéreos israelitas a 8 de Julho em curso.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Melcíades Feernandes General guineense refugiado na sede da UE regressa a casa

Em nome do Governo empossado em funções na sexta-feira, o secretário de Estado da Ordem Pública, Doménico Sanca, fez questão de sublinhar que a restituição de liberdade ao general conhecido no país por Manel Mina, se enquadra no retorno à normalidade na Guiné-Bissau.


O general Manel Mina refugiou-se na sede da União Europeia, em 2012, na sequência de desentendimentos com as chefias militares que, entretanto, tinham protagonizado um golpe militar contra o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

O general também é acusado, pela chefia do Exército, de estar envolvido na morte à bomba do antigo chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, embora o caso ainda não tenha sido julgado em tribunal.

O oficial refugiou-se na sede da União Europeia por se sentir ameaçado.

Ao sair da representação da União Europeia, sem ser detido, hoje, após 21 meses, Manel Mina afirmou sentir-se "feliz".

"É um dos momentos mais felizes da minha vida. Agradeço à União Europeia pelo acolhimento que me deram", disse o general, que ainda se considera quadro das Forças Armadas, por nunca ter sido exonerado.

O novo secretário de Estado da Ordem Publica da Guiné-Bissau, Doménico Sanca, observou, por seu turno, que a restituição da liberdade ao general "é também a retoma da autoridade do Estado".

Doménico Sanca prometeu encetar várias medidas para a "normalização efectiva" do país.



terça-feira, 20 de maio de 2014

UEMOA declara livres, transparentes e credíveis as eleições Presidenciais

O Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) considerou esta segunda-feira, 19 de Maio, que a segunda volta das eleições Presidenciais realizadas este Domingo, 18 de Maio, foram livres, transparentes e credíveis.

 
Na sua declaração preliminar sobre o sufrágio desta segunda volta, Lancina Dosso destacou a importância deste acto pela forma ordeira como mais uma vez os eleitores guineenses afluíram às urnas.

Em relação ao processo de votação, Lancina Dosso disse que as urnas abriram e fecharam às horas previstas pela lei eleitoral, tendo felicitado o povo guineense.

A missão composta por representantes de sete dos oito países membros da organização percorreu todas as regiões do país, onde manteve encontros com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e com as autoridades de transição.

À classe política e aos candidatos, Lancina Dosso lançou um apelo ao respeito pela vontade popular manifestada através das urnas em clima da paz e de segurança.
 
 
 
 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mundo deve ser "mais duro" com militares

A Comunidade internacional deve ser “cada vez mais dura” com os militares da Guiné-Bissau, afirmou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros português António Monteiro, considerando que as eleições do próximo dia 13 não são suficientes para normalizar o país.



“As eleições não são claramente suficientes para normalizar a situação na Guiné-Bissau, mas são um passo. Já houve eleições antes e vimos o que é que se seguiu”, disse o embaixador, em entrevista à agência Lusa a propósito da IV cimeira UE/África, hoje e amanhã, em Bruxelas.
A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas e presidenciais a 13 deste mês, que marcam o fim do período de transição que se seguiu ao golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.
“A forma como se deram os golpes, com o que se seguiu aos golpes e o que continua a acontecer prova que os responsáveis actuais da Guiné-Bissau precisam perceber que o mundo está em cima deles e não estarem convencidos que como são pequeninos ninguém lhes presta atenção e que há ali uma oportunidade de se desenvencilharem da violência com impunidade porque ninguém liga”, disse.
António Monteiro referiu que os “militares recalcitrantes” continuam “a cometer abusos” e que, por isso, “a comunidade internacional deve ser cada vez mais dura”.
Neste sentido, defendeu um envolvimento cada vez maior de organizações como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que deve ter a Guiné-Bissau “como o seu caso número um”.
Outra medida que o ex-ministro defendeu é o combate ao narcotráfico: “Sabemos que é daí que vem o dinheiro, que depois serve para comprar e espancar (pessoas) ”, disse, defendendo que “a impunidade tem de acabar”.
A Guiné-Bissau, tal como a República Centro Africana, palco de violentos confrontos entre cristãos e muçulmanos, não foi convidada a participar na cimeira de Bruxelas.
António Monteiro disse que entende as medidas punitivas, mas defendeu que a cimeira deve dar atenção aos países.
“Deve até redobrar a atenção, porque deve dar um sinal aos povos desses países de que não estão fora dos radares e um sinal para os regimes”.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Comandante da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau agradece apoio timorense

O comandante-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau, Armando Nhaga, agradeceu hoje o apoio dado por Timor-Leste para a realização das eleições presidenciais e legislativas no país.



"Agradecemos o apoio dado por Timor-Leste para que as eleições do próximo mês de abril tivessem lugar. Aquele apoio fez com que a Guiné-Bissau possa estar num espírito de garantir as eleições", disse o comandante-geral da polícia guineense.
Armando Nhaga falava em Díli, onde se encontra a realizar uma visita de trabalho que termina sábado, durante a cerimónia que assinalou o 14º aniversário da Polícia Nacional de Timor-Leste.

"Esta visita enquadra-se na nossa relação com a polícia timorense. Esperamos no futuro que a nossa relação seja fortificada, podendo ser assinado um acordo numa próxima visita à Guiné-Bissau", disse à Lusa o comandante da polícia guineense.

Timor-Leste tem desde setembro de 2013 destacada na Guiné-Bissau uma missão de apoio ao processo eleitoral, que deu apoio técnico e financeiro para realizar as actividades de recenseamento e ato eleitoral naquele país africano.
As eleições presidenciais e legislativas na Guiné-Bissau estão marcadas para 13 de abril, com 13 candidatos presidenciais e 15 partidos a concorrer à Assembleia Nacional Popular.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Detido militar da Marinha Nacional

Os Serviços de Contra-inteligência Militar guineenses procederam à detenção, esta quinta-feira, 20 de Março, de Mário Siano Fambé, um efectivo pertencente à Marinha Nacional da Guiné-Bissau.


A notícia foi avançada à PNN por uma fonte próxima de Mário Siano Fambé. De acordo com a fonte, o efectivo da Marinha Nacional guineense terá confidenciado a um alto oficial militar o seu apoio ao candidato Presidencial do Partido da Renovação Social (PRS), dias antes da detenção. Em caso de vitória do candidato, o oficial em causa seria nomeado Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas.

Na sequência deste encontro, a conversa com Mário Fambé foi denunciada junto das Chefias militares, acabando este por ser detido na sede do PRS.


segunda-feira, 17 de março de 2014

STJ chumba candidaturas de Tcherno Djalo e Faustino Imbal

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) chumbou as candidaturas às eleições Presidenciais de Tcherno Djalo, ministro da Educação em 2005, e de Faustino Fudut Imbali, que desempenhou recentemente as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, do actual Governo de transição, e líder do partido Manifesto do Povo.


De acordo com os resultados da decisão, com data de 15 de Março, o STJ recusou ainda as candidaturas Ibraima Djalo, actualmente Secretário de Estado do Comércio do Governo de transição, Lassana Na Brama, um jovem carpinteiro natural da região sul da Guiné-Bissau, Antonieta Rosa Gomes, Líder de Fórum Cívico Social-democracia (FCGSD), Fernando Jorge De Almada, um alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Paulino Impossa Ie e de Aladje Djimo, uma figura desconhecida da política guineense.

Ao nível das eleições Legislativas, o STJ não validou as candidaturas do partido FCGSD, de Antonieta Rosa Gomes, do partido PDD, do jovem Policiano Gomes, do Congresso Nacional Africano, de Ibraima Djalo, do Movimento Patriótico do Pastor da Igreja Evangélica, José Paulo Semedo, do partido PADEC e do Centro Democrático de Paulino Impossa Ie.

Em contrapartida, o STJ validou as candidaturas de José Mário Vaz, do PAIGC, de Paulo Gomes, candidato independente, de Abel Incada, do PRS, de Afonso Te, suportado pelo PRID, de Arregado Mantenque Te, Hélder Vaz, Ibraima Sory Djalo, Jorge Malu, Luís Nancassa, Iaia Djalo, Cirilo Oliveira, Domingos Quadé e a candidatura independente de Nuno Na Bian.

No que respeita às formações políticas, o STJ aceitou o PAIGC, PRS, PND, PUSD, PT, UM, PRID, PCD, Manifesto do Povo, UPG, PRN PS-GB, PSD, FDS e RGB/ Movimento Bafa-ta. Estes partidos vão concorrer às eleições Legislativas de 13 de Abril. O período de verificação e validação por parte do STJ termina esta segunda-feira, 17 de Março.