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Joseph Pulitzer

terça-feira, 17 de junho de 2014

Escritor Marcelo Aratum conta o que não está nos livros oficiais

Localizada na costa ocidental do continente africano, a República Guiné-Bissau faz fronteira ao norte com Senegal, a leste e a oeste com Guiné-Conacri e ao sul com o Oceano Atlântico. Considerado um país relativamente jovem, declarou independência em 1973 deixando de ser colónia de Portugal.


O professor Marcelo Aratum nasceu na Guiné-Bissau e veio para o Brasil no ano de 2002 para intercâmbio universitário, e em 2005 se formou em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (UCG). Em 2010 lançou o livro Noite de Lágrimas em África que relata a realidade africana e faz reflexão sobre a política com história vivenciada muitas vezes não ditas nas histórias oficiais dos livros encontrados nas escolas.

A verdade

O livro aborda também a independência do país e causa da guerra civil vivenciada em Guiné-Bissau em 1998 desencadeada por um golpe de Estado contra o presidente João Bernardo Veiga, liderado pelo brigadeiro Ansumane Mané.

Em 2013, Marcelo lançou o segundo livro As Lágrimas de uma Mulher: Os Culpados. Considerado polêmico, o autor critica o sistema político, a educação, a miséria e a corrupção do país, além de como as mulheres são tratadas tendo, por exemplo, acesso ao mercado de trabalho de forma restrita.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística da República Guiné-Bissau, feita em 2010, mais de dois terços da população de Guiné-Bissau, cerca de 84%, utilizam água potável para o consumo, ao contrário da população da zona rural com 53%. O saneamento básico atinge 53% da zona urbana e somente 5% da zona rural do país.

Na Guiné-Bissau, 40% das mulheres jovens com a idade entre 15-24 anos são alfabetizadas. A classe menos favorecida do país atinge somente 12% da totalidade, enquanto os mais ricos 73%.

A frequência escolar é fraca na Guiné-Bissau. Somente 67% das crianças com idade para o ensino primário são efetivamente escolarizadas. No ensino secundário, a taxa cai para 24%, sendo o ensino mais frequentado por meninos do que por meninas, tendo por consequência a taxa de 57% das crianças entre 5 e 14 anos exercendo atividades no mercado de trabalho, 65% no centro urbano e 45% na zona rural.
 
(foto: web)
 
 

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