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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Portugal inicia normalização das relações com a Guiné-Bissau depois do golpe de 2012

Portugal inicia hoje a normalização das relações com a Guiné-Bissau, dois anos e dois meses depois do último golpe de Estado militar, com a visita do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros a Bissau.


O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) anunciou em comunicado na sexta-feira que se trata de uma "deslocação plena de significado político, uma vez que representa o normalizar das relações entre os dois países".
"Luís Campos Ferreira será o primeiro governante europeu a assinalar o fim do isolamento internacional da Guiné-Bissau", referia-se ainda na mesma nota.
Os guineenses esperam que a situação faça regressar depressa os voos da TAP, a única ligação direta do país com a Europa, suspensa desde dezembro, prejudicando serviços essenciais de saúde, correios, além de atividades económicas e sociais.

A transportadora aérea portuguesa suspendeu a rota entre Bissau e Lisboa nos dois sentidos depois de a tripulação ter sido coagida por forças de segurança guineenses a levar 74 passageiros ilegais para Lisboa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, anunciou a 27 de maio que só depois de estarem empossadas as novas autoridades eleitas é que será avaliada a possibilidade de a rota ser retomada com segurança.
Para chegar à capital guineense, Luís Campos Ferreira e a comitiva vão viajar num voo com escala num outro aeroporto (Casablanca, Marrocos, ou Dacar, Senegal) e a chegada a Bissau está prevista para as 01:20 de terça-feira.

O governante português participa na cerimónia de investidura da Assembleia Nacional Popular (ANP), o parlamento guineense, primeiro órgão eleito a tomar posse no regresso à normalidade constitucional - o Presidente José Mário Vaz é empossado na segunda-feira, dia 23, e nos dias seguintes deverão assumir funções o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e, por último, o Governo.
Durante a tarde, Luís Campos Ferreira tem encontro marcado com Cipriano Cassamá, que deverá ter sido eleito durante a manhã presidente da ANP (é o candidato do partido maioritário, o PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).

O governante português reúne-se ainda com Alberto Nambeia, presidente do PRS - Partido da Renovação Social (principal partido da oposição), com José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas, com Ovídio Pequeno, representante da União Africana (UA), e com Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro eleito - encontro em que participa também a direção do PAIGC.
Na manhã de quarta-feira, o secretário de Estado vai visitar projetos apoiados por Portugal, a Faculdade de Direito de Bissau e o Bairro da Cooperação Portuguesa.

Seguem-se outros dois encontros com membros de organizações internacionais, primeiro com o representante da Comunidade Económica dos Estado da África Ocidental (CEDEAO), Ansumane Ceessay, e com o representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Carlos Moura.
Luís Campos Ferreira encontra-se ainda com organizações não-governamentais (ONG) portuguesas, antes de uma receção oferecida ao corpo diplomático e outras entidades e que marca o fim da visita.



No dia 23, dia da tomada de posse de José Mário Vaz, Presidente da República eleito da Guiné-Bissau, é esperada a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete.






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