A ministra da Defesa da República da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, encontrou-se nesta quarta-feira com o colega brasileiro, o ministro Jaques Wagner. A visita teve como principal objectivo a retomada da cooperação militar entre os dois países.
Durante o encontro, o ministro Wagner lembrou o esforço de Guiné-Bissau na reestruturação de suas forças armadas. “Temos experiências exitosas na colaboração com países da África como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Namíbia. Podemos contribuir no sentido de trazer as boas práticas brasileiras das nossas centenárias Forças Armadas”, completou. Wagner disse ainda que “a África é nosso entorno estratégico e o oceano Atlântico nos une”.
Já a ministra Cadi relatou que gostaria de contar com a experiência brasileira. “Contamos com o vosso apoio e solidariedade. Estamos reorganizando nossas forças armadas, elaborando uma reforma institucional nas áreas de defesa e segurança com novas leis”.
Entre as questões levantadas pela ministra Cadi estão a criação de uma escola de formação de oficiais, o intercâmbio com instituições de ensino militar brasileiro. “Está lançado o desafio, mas para isso tem que haver paz e estabilidade”.
De acordo com a ministra de Guiné-Bissau, o país possui um efectivo das Forças Armadas de 5 mil integrantes. Uma das prioridades do país também é o restabelecimento do serviço militar obrigatório.
Na conversa com o ministro Jaques Wagner, Cadi relatou que seu país possui uma grande área insular com uma rica biodiversidade que contribui para a preservação e reprodução de várias espécies do continente africano.
A ministra está em viagem ao Brasil desde terça-feira (09) quando visitou as instalações do Quartel General do Exército nas áreas de logística, engenharia e serviço militar. Hoje pela manhã, a ministra foi condecorada com a Ordem do Mérito da Defesa, em comemoração pelos 16 anos do MD.
Durante a estada na capital do país, conhecerá também o Hospital das Forças Armadas, o Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, a Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto, a Chefia de Logística do Ministério da Defesa, e o Colégio Militar de Brasília.
Em abril do ano passado, Guiné-Bissau realizou as primeiras eleições presidenciais após o golpe militar ocorrido em 2012.
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