Invariavelmente, com Serifo Nhamadjo a servir-se de «mensageiro» das preocupações de Washington a Bissau, funcionários do Departamento de Estado americano mantiveram, recentemente e à margem da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, um breve encontro com o presidente interino guineense.
Na agenda, o
processo de transição em curso na Guiné-Bissau, país onde, na
sequência de novas eleições gerais, aparentemente previstas para
Novembro próximo, Washington aguarda o retorno à normalidade
democrática, com a instituição de um novo «Poder» que possa pôr
cobro aos desmandos e à corrupção que tomou conta das estruturas
governamentais e das casernas militares.
É que a administração Obama não parece disposta a abrir mão da determinação de levar à justiça americana as chefias militares e governamentais envolvidas com as redes do narcotráfico na Guiné-Bissau.
Esta determinação ficou pois patente, de acordo com fontes americanas, no encontro que a secretária de Estado assistente para as questões africanas, Lindda Thomas Greenfield, manteve em Nova Iorque com o presidente interino da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo.
É que a administração Obama não parece disposta a abrir mão da determinação de levar à justiça americana as chefias militares e governamentais envolvidas com as redes do narcotráfico na Guiné-Bissau.
Esta determinação ficou pois patente, de acordo com fontes americanas, no encontro que a secretária de Estado assistente para as questões africanas, Lindda Thomas Greenfield, manteve em Nova Iorque com o presidente interino da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo.
Greenfield
quis, através de Nhamadjo, inteirar-se dos preparativos do processo
eleitoral em curso no país, que Washington acredita poder vir a
resultar, pela via das urnas, na eleição de um novo e legítimo
governo.
Em causa está a urgente retoma da cooperação com Bissau, susceptível de resultar na responsabilização judicial da liderança do eixo da cocaína nesse país oeste-africano.
Em causa está a urgente retoma da cooperação com Bissau, susceptível de resultar na responsabilização judicial da liderança do eixo da cocaína nesse país oeste-africano.
Para já,
hipótese que, com o actual poder em Bissau, Washington encara como
inexequível, em face da inépcia demonstrada pelo governo de
transição bissau-guineense saído do golpe militar de 12 de Abril
de 2012, liderado por António Indjai.
Fazendo fé nas nossas fontes, a recente promoção de um grupo de oficiais militares, que inclui o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general António Indjai, e algumas outras figuras implicadas no narcotráfico, particularmente no caso que culminou em Abril deste ano, na detenção do chefe de armada bissau-guineenses, Bubo Natchuto, constitui apenas a peça de um puzzle a denotar um claro desinteresse de Bissau em dar luta a este fenómeno que infesta as instituições governamentais e castrenses do país.
Fazendo fé nas nossas fontes, a recente promoção de um grupo de oficiais militares, que inclui o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general António Indjai, e algumas outras figuras implicadas no narcotráfico, particularmente no caso que culminou em Abril deste ano, na detenção do chefe de armada bissau-guineenses, Bubo Natchuto, constitui apenas a peça de um puzzle a denotar um claro desinteresse de Bissau em dar luta a este fenómeno que infesta as instituições governamentais e castrenses do país.
De resto, a emissão de um documento oficial, cuja autoria e atribuída ao «governo bissau-guineense», que dá do aval aos militares para a importação de armamentos, nomeadamente mísseis terra-ar, destinado aos guerrilheiros da FARC na Colômbia (aliás, peça da acusação formal norte-americana que impende sobre Bubo Natchuto e António Indjai), constitui para Washington a prova cabal das facilidades e conexões que as redes do narcotráfico gozam nas esferas do poder em Bissau.
O facto de
nenhuma diligência ter sido feito por Bissau para o apuramento das
responsabilidades do envolvimento de sectores do governo do
primeiro-ministro, Rui Barros, na emissão do documento que avalizava
a operação serviu apenas para confirmar as suspeitas
norte-americanas.
E pois com este fito que os Estados Unidos da América aproveitaram a estada de Serifo Nhamadjo em Nova Iorque para reiterarem a sua intransigência em relação às chefias militares do país envolvidas no eixo da cocaína na Guiné-Bissau.
Recorde-se que, já no ano passado, à margem da anterior Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente da República de Transição da Guiné-Bissau recebera emissários do Departamento de Estado norte-americano, com a estrita missão de lhe comunicarem a determinação de Washington em estender a operacionalidade das «Drones», naves não tripuladas, ao espaço aéreo bissau-guineense, no combate às rotas da cocaína na África Ocidental, que têm servido de fonte de financiamento aos grupos extremistas islâmicos que operam na região.
Facto curioso
é que, já por essa altura, os Estados Unidos da América, através
da sua Agência de Combate ao Narcotráfico (DEA), tinham em fase
avançada de implementação a operação que culminaria em Abril de
2012 na detenção do então chefe de estado da armada guineense, o
contra almirante José Américo Bubo Natchuto, por envolvimento com o
narcoterrorismo e na indiciação, pelo mesmo crime, do actual Chefe
do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o general António
Indjai.
Washington
estaria igualmente na posse de informações sensíveis sobre a
actividade de grupos radicais islâmicos, nomeadamente a Al Qaida do
Magreb, e de intermediários do grupo guerrilheiro colombiano, as
FARC, na região, particularmente na Guiné-Bissau.
Se dúvidas
ainda persistiam quanto ao descrédito do poder instituído em Bissau
junto da administração norte-americana, o que foi dito ao
presidente da transição durante a sua recente deslocação a Nova
Iorque, para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas,
contribuiu de forma inequívoca para a clarificação da posição de
Washington em relação ao caso.
É que,
durante a sua estada em Nova Iorque, Serifo Nhamadjo viu-se privado
da escolta protocolar dos serviços secretos americanos, instituição
que por norma assegura a protecção das altas entidades dos países
membros da ONU que se desloquem àquela cidade americana por ocasião
da assembleia magna daquela organização internacional.
Apesar do
pedido nesse sentido feito pela missão diplomática da Guiné-Bissau
junto das Nações Unidas, a resposta de Washington foi um «não»
redondo à representação de um governo interino que, por sinal, os
Estados Unidos da América não reconhecem.
(in:SA)
(6/10/2013 - 03:30)
cambadas d mentiroso
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