Num comunicado, a PJ de Cabo Verde adianta que a operação ocorreu cerca de 13:00 locais (15:00 em Portugal), no Porto Grande, no decurso de uma operação desencadeada por esta força policial, através do Departamento de Investigação Criminal de Mindelo.
Segundo a nota enviada à imprensa, que não adianta pormenores sobre a operação, os 19,12 quilogramas de canábis apreendidos equivalem, no mercado, a 3,148 milhões de escudos (28.550 mil euros).
Os dois detidos, oriundos de Santiago, segundo o comunicado, serão apresentados sexta-feira ao Tribunal Judicial da Comarca de São Vicente, para o primeiro interrogatório judicial e "aplicação de medidas adequadas de coação" pessoal.
A 28 de janeiro deste ano, no aeroporto da Cidade da Praia, a polícia cabo-verdiana apreendeu 20 quilogramas de canábis, dissimulada dentro de uma mala e dividida em 23 pacotes, nunca tendo conseguido deter o suspeito, que se pôs em fuga antes de a mala ser detectada.
Cinco dias antes, mas em São Filipe, ilha do Fogo, a polícia cabo-verdiana apreendeu quase três quilogramas da mesma droga e deteve um indivíduo, já referenciado como possível "correio de droga".
Em novembro de 2014, também na ilha do Fogo, a polícia prendeu um jovem em idênticas circunstâncias, na posse de 2,1 quilogramas de canábis.
Nos últimos anos, as autoridades policiais cabo-verdianas têm apertado a vigilância, o que tem levado à detenção de vários suspeitos e à apreensão de uma quantidade significativa de droga, dentro do arquipélago ou nas suas águas territoriais.
O arquipélago de Cabo Verde é referenciado, pelas organizações internacionais, como um entreposto da droga oriunda da América do Sul para a Europa.
Em novembro de 2014, a PJ apreendeu 518 quilogramas de cocaína numa praia da ilha de São Vicente, detendo três espanhóis, um cabo-verdiano, um cubano e um suíço.
Tratou-se da segunda maior apreensão de droga em Cabo Verde, desde 2011, quando se efectuou a operação "Lancha Voadora", que culminou com a apreensão de tonelada e meia de cocaína em estado de elevada pureza, escondida numa cave de um prédio na Achada de Santo António, na Cidade da Praia, droga que foi posteriormente incinerada.
A 28 de junho de 2013, o Tribunal da Comarca da Praia condenou nove dos 15 arguidos a penas de prisão efectiva, entre os nove e os 22 anos, dando como provadas as acusações de associação criminosa e lavagem de capitais.
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