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terça-feira, 2 de junho de 2015

Evidências marroquinas, mais que muitas


Visita de Mohamed IV a Guiné Bissau - Mohamed IV, rei de Marrocos terminou a sua ronda a alguns países da África Ocidental (Senegal, Costa do Marfim e Guiné Bissau) com uma visita de dois dias à Guiné Bissau, a 29 e 30 de Maio de 2015.


A visita que teve como objectivo o reforço das relações bilaterais, e sobretudo a busca de aliados por parte de Marrocos no continente Africano.

Marrocos não é membro da União Africana e a ocupação ilegal do Sahara Ocidental tem vindo a ter cada vez mais censura por parte dos países africanos, como se pode ver nos últimos comunicados da União Africana (1) e na reafirmação de vários países africanos do seu total compromisso com a independência do Sahara Ocidental. (2)

Esta visita foi marcada por algumas quebras de protocolo como por exemplo o hastear da bandeira Marroquina no mastro principal do Palácio da República, onde o Rei e a sua comitiva estiveram instalados. José Mário Vaz, presidente da Guiné Bissau, saiu do palácio para ficar hospedado na casa de hóspedes, um caso inédito e que foi interpretado por vários comentadores como sinal de subserviência ao Reino de Marrocos de forma a agradar ao Rei e conseguir mais benefícios.

Toda a visita foi preparada pela inteligência marroquina que se instalou no país dias antes, deixando as questões menores às autoridades Guineenses.

Ex-colonizado-Colonizador: Determinados a construir Parceria Estratégica

No comunicado conjunto emitido no final da visita de Mohammed VI à Guiné-Bissau o presidente Mário Vaz manifestou o apoio ao apelo do Rei para uma genuína e multidimensional cooperação sul-sul entre os povos africanos. O Presidente da Guiné-Bissau também manifestou o apoio incondicional do seu país à soberania de Marrocos sobre as suas províncias do sul do Sahara, e à integridade territorial de Marrocos. O Sahara Ocidental está ilegalmente ocupado por Marrocos desde 1975 e encontra-se na IV Comissão para a descolonização das Nações Unidas como território não autónomo a aguardar a realização do referendo para a concretização da sua independência, sendo o seu administrador "in jure" ainda Espanha que abandonou o território, conhecido como província 54.

Na mensagem do final da sua visita, o Rei apresentou ao presidente Mário Vaz, ao governo e ao povo da Guiné-Bissau os seus sinceros agradecimentos pelas calorosas boas-vindas.

O Rei também expressou satisfação com os resultados da visita que culminou com a assinatura de acordos de cooperação entre os dois países.
 

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