"É uma conferência organizada por um instituto ligado à questão de defesa e eu deverei intervir apresentando aquilo que são as perspectivas dos governos naquilo que diz respeito a segurança no golfo da Guiné", explicou Patrice Trovoada, que falava à imprensa à partida para Abuja.
Além de participar na conferência, Patrice Trovoada terá o seu primeiro encontro com o novo presidente nigeriano Mohamed Buhari.
"Será o nosso primeiro encontro e será ocasião para nós abordarmos a cooperação entre os dois países", disse o chefe do governo são-tomense.
Para o primeiro-ministro, a questão de segurança no golfo da Guiné não se resume apenas a uma eventual participação militar em acções de combate a pirataria marítima.
"É uma questão que tem a ver também com a inteligência, com o próprio envolvimento das populações, melhor economia, melhor política social, melhor diálogo e melhor democracia", explicou.
Patrice Trovoada recordou que "na maioria dos conflitos ligado ao terrorismo, as guerras civis, a vitória militar total poucas vezes acontece. Podemos derrubar líderes, comandantes desses grupos, mas a envolvência tem que ser muito maior para estabilizar os países".
Apesar da falta de segurança no caso particular de São Tomé e Príncipe, o governante são-tomense considera necessário que o país seja aberto para permitir o seu desenvolvimento.
"São Tomé e Príncipe tem um paradoxo que é: para se desenvolver temos que abrir o país e ao abrir o país é verdade que aí perto temos uma zona de grande instabilidade e de grande risco. Mas não temos outra solução senão a de abrir o país", explicou.
Considerou, contudo, necessário tomar cautelas, "participando na cooperação internacional, nas coligações e nos organismos internacionais que lutam para a prevenção não só do terrorismo mas de todas as formas de criminalidade".
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