Em declarações à imprensa hoje à saída de uma audiência com o líder do Parlamento guineense, Luís Nancassa, porta-voz das organizações da sociedade civil, referiu que todo o dia de quarta-feira deve ser marcado por uma "desobediência civil" na Guiné-Bissau.
Porta-voz da Aliança Nacional para Paz e Democracia na Guiné-Bissau, plataforma criada por organizações da sociedade civil para fazer face à crise política no país, Nancassa afirmou que o apelo é extensivo aos transportes públicos, comércio e serviços.
"Tudo o que podermos paralisar será
paralisado, queremos até que o mercado se feche, que os transportes
não circulem, que os trabalhadores fiquem em casa", observou
Luís Nancassa.
Segundo Nancassa, o povo guineense deve demonstrar
a José Mário Vaz que, tal como teve forças para o eleger como
chefe de Estado, pode da mesma forma posicionar-se para o contestar.
As organizações da sociedade civil faltaram hoje a uma audiência solicitada pelo Presidente guineense.
As organizações da sociedade civil faltaram hoje a uma audiência solicitada pelo Presidente guineense.
"Não fomos porque entendemos que não
devemos ir", referiu Nancassa, explicando que Vaz "virou
costas a todo mundo e agora quer que fossemos lá fazer o quê".
A sociedade civil não pode aplaudir "os maus
atos" do Presidente, acrescentou.
A sociedade civil faltou, mas, ainda assim, José
Mário Vaz reuniu-se com os embaixadores, representantes das missões
internacionais sedeadas em Bissau e directores dos bancos comerciais.
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