O relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crimes, além de destacar que no mínimo 7,6 por cento dos cabo-verdianos usam ou já experimentaram uma droga ilícita, apresenta Moçambique e a África do Sul como principais destinos de opiáceos afegãos no continente. Em relação aos países que fazem parte da CPLP, a Guiné-Bissau é destacada entre os grupos de traficantes africanos pioneiros no mercado turco no início deste século (1ª década de 2000).
Ainda segundo o referido documento, os nigerianos destacam-se entre as principais nacionalidades com mais pessoas detidas por tráfico de drogas em países importantes na rota do tráfico de opiáceos, como o Paquistão e ao longo da rota dos Balcãs que inclui a Turquia e a Grécia. O UNODC cita o “risco das limitações da aplicação que podem ser aproveitadas por traficantes”, o que pode levar ao aumento do tráfico e do uso de drogas que podem inibir o desenvolvimento económico e social da África Austral.
Mas a cannabis continua a ser a droga mais usada, tanto no continente africano como a nível global, e é a única produzida no continente para ser exportada em grandes quantidades. A heroína está mais popularizada na África Oriental. O UNODC conclui ainda que em África estão a ser usados opiáceos sintéticos como o tramadol, o que pode levar ao maior uso das substâncias derivadas do ópio vindo Afeganistão caso haja uma mudança em relação à heroína.
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