O grupo Todo o Terreno do Viana Motor Clube vai percorrer cinco mil quilómetros, entre Viana do Castelo e Cacheu, na Guiné-Bissau para levar cinco toneladas de material médico descartável, artigos escolares, alimentos e vestuário à população local. O ‘raid’ humanitário designado “5-5-5 cinco países, cinco mil quilómetros e cinco toneladas de material” vai decorrer de 20 de novembro a 11 de dezembro. A informação foi avançada à RAM por Miguel Lourenço, um dos organizadores da missão humanitária que vai atravessar Espanha, Marrocos, Mauritânia, Senegal e terminar na Guiné-Bissau.
“Antes de chegarmos a Cacheu, localidade que há 30 anos está geminada com Viana do Castelo, o projeto, que vai decorrer entre 20 de novembro e 11 de dezembro, vai parar na Mauritânia, e no Senegal para entregar parte dos donativos a Organizações Não Governamentais (ONG) locais”.
“Na Mauritânia escolhemos um orfanato e no Senegal uma associação de apoio a deficientes motores. Marrocos, atualmente, não aceita ajuda humanitária por ordem do príncipe regente”, adiantou.
A campanha de recolha de donativos “foi lançada esta semana nas redes sociais, depois de contactos encetados com empresas e entidades, como a Câmara de Viana do Castelo que já garantiu apoio à iniciativa”.
A ação solidária, onde vão participar sete viaturas e 14 elementos do grupo de Todo o Terreno do Viana Motor Clube, começou a ganhar forma em novembro de 2015 com o apoio da Associação de Cooperação com a Guiné-Bissau (ACGB), sediada em Viana do Castelo, “que já tem obra feita em Cacheu”.
“Já conseguiu por a funcionar um centro de saúde, um centro de análises, uma escola, ludoteca e biblioteca”, explicou Miguel Lourenço.
O empresário adiantou que o projeto tem ainda como objetivo apoiar outras duas iniciativas lançadas pela ACGB.
A Casa das Mães para “apoio à construção e apetrechamento de um centro de apoio a jovens mulheres com gravidez de risco, e o projeto Tinoni, de recuperação e equipamento de uma ambulância para socorro à população de Cacheu”.
“Para a casa das Mães o nosso contributo será ao nível das tintas e caixilharias para terminar o edifício, bem como o mobiliário”, explicou.
Já o projeto Tinoti passa por recuperar e apetrechar uma ambulância que tinha sido doada à ACGB.
“Conseguimos encontrar parceiros que financiaram a sua recuperação que deverá estar concluída dentro de quatro semanas”, disse.
Além da recolha das cinco toneladas de donativos, o grupo organizador da missão humanitária “vai realizar várias iniciativas, a anunciar na página criada no Facebook, para divulgar o projeto e reunir o apoio monetário para suportar as despesas de deslocação que rondam os 20 mil euros”.
“O dinheiro será apenas para pagar o gasóleo e refeições porque o alojamento será garantido pelas ONG a quem vamos entregar donativos”, realçou, destacando que “o material que não for possível levar nas sete viaturas que vão participar na ação humanitária seguirá em contentores”.
Miguel Lourenço adiantou que em outubro, “para informar as pessoas do ponto de situação da campanha humanitária” será realizada uma gala do ‘raid’ humanitário, a decorrer no teatro municipal Sá de Miranda.
“Iremos mostrar a toda a comunidade o material recolhido e apresentar a equipa e os parceiros da iniciativa”, sublinhou.
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