Quase 4 bilhões de pessoas estão vivendo em cidades e com o aumento da população urbana, problemas no sector de saúde precisam ser tratados com urgência.
Essa é a principal conclusão de um relatório preparado por duas agências das Nações Unidas: a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Programa de Assentamentos Humanos, ONU-Habitat.
O documento compara dados de mais de 100 países, relacionados ao acesso à água, aos cuidados com pacientes com HIV, aos casos de obesidade e à poluição do ar.
Opções
OMS e ONU-Habitat afirmam que nas cidades, os progressos na saúde não dependem apenas da força do sector, mas também dos ambientes urbanos. São feitas sugestões para garantir que a população das zonas urbanas tenha acesso à água limpa e ao saneamento e que as cidades sejam mais amigas dos pedestres e das pessoas com deficiência.
Reduzir a expansão urbana e melhorar a segurança nas estradas são outras indicações. Segundo o relatório, "a maneira como as cidades são planeadas podem afectar profundamente a habilidade dos residentes de viver vidas longas, saudáveis e produtivas".
Crianças
A ONU calcula que as cidades deverão ter 1 bilhão de habitantes a mais até 2030, totalizando quase 5 bilhões de pessoas no mundo vivendo em áreas urbanas. Deste total, 90% estará em países de rendas baixa ou média.
O relatório mostra que em 79 dessas nações, crianças das famílias mais pobres têm o dobro de chances de morrer antes dos cinco anos de idade, na comparação com as crianças mais ricas.
Outro factor essencial é melhorar a cobertura de saúde. Os dados mostram que 400 milhões de mulheres, homens e crianças estão excluídos de sistemas de saúde acessíveis.
Cobertura universal de saúde é considerado um direito humano básico e é uma das metas que os países precisam alcançar até 2030, de acordo com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.
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