Tesoureiro do Ministério da Administração Interno detido há uma semana.
Na Guiné-Bissau, a Procuradoria-Geral da República está a levar a cabo uma investigação no Ministério da Administração Interna sobre o destino dos fundos ligados aos serviços secretos e operacionais daquela instituição responsável pela segurança interna do país.
O caso está a levantar alguma crispação entre estas duas instituições, em virtude das informações consideradas sensíveis que poderão vir a lume nas investigações.
O tesoureiro-geral do Ministério da Administração Interna encontra-se detido, desde o passado dia 23 a mando da Procuradoria-geral da República.
Uma decisão seguida de ordem de busca e apreensão de todos os documentos junto ao serviço das finanças do Ministério da Administração Interna, procedimento que ocorreu ainda esta semana e que indignou o secretário de Estado da Ordem Pública, Luís Manuel Cabral.
O caso, primeiro na história da Guiné-Bissau, já é do conhecimento do primeiro-ministro, Carlos Correia, que se encontra ausente do país, enquanto que a defesa do tesoureiro-geral interpôs ontem um requerimento junto da Comissão dos magistrados da Procuradoria-geral da República, encarregue do processo, invocando a ilegalidade da detenção do seu constituinte.
Fontes da VOA dizem que os responsáveis do Ministério da Administração Internacional ponderam posições reactivas à investida da Procuradoria-geral da República, que passaria pela retirada dos agentes de segurança ao Procurador-geral, António Sedja Man, considerando que a “investigação” em curso nesta instituição do Estado representa uma afronta à segurança nacional.
Gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República diz desconhecer o caso.
A Comissão do Ministério Público encarregue do processo está a ser presidida pelo magistrado Cipriano Naguelin e é integrada por mais três magistrados do Ministério Público.
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