Uma forte tempestade com rajadas de vento forte e chuva intensa causou vários problemas durante a tarde de ontem em Díli, com árvores derrubadas a cortar a luz em vários pontos da capital timorense.
Não há relatos de vítimas devido à tempestade, que ocorreu ao início da tarde e se prolongou por quase trinta minutos.
Equipas da Electricidade de Timor-Leste (EDTL) estavam a meio da tarde a tentar recuperar várias ligações cortadas devido à queda de árvores, como ocorreu na Avenida de Portugal, próxima da delegação da agência Lusa.
Árvores caíram ainda próximo do Palácio do Governo, no bairro de Lecidere e no centro da cidade, causando prolongados cortes de luz.
“Há muitos problemas em vários locais da cidade”, disse à Lusa fonte da EDTL explicando que há algumas equipas a trabalhar.
Uma árvore caiu em cima de um carro estacionado no bairro do farol com os cortes de luz a sentirem-se em vários pontos da capital timorense. Vários locais – incluindo nas imediações das Embaixadas da China e do Japão e do edifício da CPLP, em frente ao Parlamento Nacional e próximo do Palácio do Presidente da República estavam inundados – com as ribeiras a transportar toneladas de lixo para as praias e para o mar.
Fontes da Timor Telecom confirmaram à Lusa que a tempestade não causou quaisquer problemas à sua infra-estrutura, apesar de ter interrompido, durante um curto espaço de tempo o sinal de satélite.
Equipas da Electricidade de Timor-Leste (EDTL) estavam a meio da tarde a tentar recuperar várias ligações cortadas devido à queda de árvores, como ocorreu na Avenida de Portugal, próxima da delegação da agência Lusa.
Árvores caíram ainda próximo do Palácio do Governo, no bairro de Lecidere e no centro da cidade, causando prolongados cortes de luz.
“Há muitos problemas em vários locais da cidade”, disse à Lusa fonte da EDTL explicando que há algumas equipas a trabalhar.
Uma árvore caiu em cima de um carro estacionado no bairro do farol com os cortes de luz a sentirem-se em vários pontos da capital timorense. Vários locais – incluindo nas imediações das Embaixadas da China e do Japão e do edifício da CPLP, em frente ao Parlamento Nacional e próximo do Palácio do Presidente da República estavam inundados – com as ribeiras a transportar toneladas de lixo para as praias e para o mar.
Fontes da Timor Telecom confirmaram à Lusa que a tempestade não causou quaisquer problemas à sua infra-estrutura, apesar de ter interrompido, durante um curto espaço de tempo o sinal de satélite.
As populações das zonas costeiras dos distritos timorenses de Lautem e Viqueque são actualmente as mais afectadas pelo impacto do fenómeno do El Niño em Timor-Leste, com risco elevado de falta de alimentos, segundo um relatório.
O último relatório da organização Seeds of Life, que tem vindo a monitorizar o impacto do fenómeno El Niño, refere que estas regiões estão numa situação de emergência e "requerem assistência imediata".
Paralelamente o estudo recomenda monitorização da ilha de Ataúro e do enclave de Oecusse, especialmente nas suas zonas costeiras, devido a menores colheitas.
O El Niño é o nome dado a um padrão climático associado a um longo período de aquecimento no Pacífico tropical central e oriental.
Os fenómenos El Niño são alterações de entre 12 e 18 meses na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, que têm efeitos na meteorologia da região.
Especialistas referem que o fenómeno deste ano - um dos três maiores já registados - começou em maio do ano passado, com uma intensidade entre "moderada e forte", e deverá prolongar-se pela primeira metade de 2016.
No caso de Timor-Leste o fenómeno adiou o começou da estação das chuvas, que está quase a terminar, causando dificuldades a muitos dos agricultores do país, especialmente nas culturas de arroz e milho e problemas alimentares para muitas famílias.
O último relatório conjunto das organizações Care, Caritas, Oxfam, PLAN e World Vision, nota, por exemplo, que 62% dos inquiridos reportaram chuvas abaixo da média, com 26% a terem que mudar a sua fonte primária e dois terços a recorrerem a fontes de água não protegida (rio ou lagoa).
Cerca de 70% dizem não ter água para as suas culturas e 44% explica estar com uma dieta ainda mais restrita do que o normal, com mais de metade a referir uma redução no número de refeições.
Se nas culturas do arroz e do milho a falta de chuva foi e é um problema em alguns locais, as chuvas mais intensas que se têm feito sentir em algumas das principais zonas montanhosas agrícolas, são um problema para a produção de verduras e legumes, com muitos agricultores a relatarem cheias e a destruição da sua produção.
Peter Dougan é o responsável da empresa FarmPro que trabalha com cerca de 60 agricultores das zonas de Ermera e Bobonaro, fornecendo verduras e legumes aos principais supermercados, hotéis e restaurantes de Díli, duas vezes por semana.
Anualmente, por esta altura, explica, é comum que se verifiquem algumas carências de verduras, com as chuvas intensas a danificarem e a reduzirem produção de brócolos, couve chinesa (bok choi), couve-flor, alface ou tomate.
Uma situação "normal" mas que, insiste, pode começar a ser corrigida com estratégias para lidar com a época das chuvas, nomeadamente produções cobertas que começam a ser feitas em alguns pontos do país mas são ainda insuficientes para o mercado.
"Os produtores de verduras debatem-se sempre por esta altura com demasiada chuva. Inundações ou lama que destrói as produções. Algumas das que crescem são depois atingidas por insetos ou doenças", explicou à Lusa.
"Produtos que gostam de chuva, como a beringela ou o kancun (variedade local de espinafre), dão-se bem, mas os outros têm grandes dificuldades", explicou.
Isso nota-se já nos supermercados de Díli onde o aumento dos consumidores e a menor oferta deixou as prateleiras de verduras e legumes de vários completamente vazias.
Num deles, visitado hoje pela Lusa, só havia à venda couve roxa e abóbora.
"É preciso desenvolver novas estratégias para lidar com a época das chuvas que é um fenómeno anual", disse Peter Dougan.
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