Os pequenos agricultores da Guiné-Bissau vão passar a comparticipar em 40% as alfaias agrícolas oferecidas pelo Governo, indicou hoje o ministro da Agricultura, Aníbal Pereira.
O responsável pela agricultura guineense fez o anúncio no ato da assinatura de um protocolo com o Ministério da Economia e Finanças, que gere a Agência Nacional do Crédito, instituição que detêm as alfaias agrícolas do Governo.
Até aqui o equipamento era doado aos agricultores ou alugado às comunidades através de preços simbólicos, mas, regra geral, o material acabava por ter pouco tempo de vida devido à falta de manutenção ou de cuidados essenciais.
A partir de agora o agricultor que quiser adquirir uma moto-bomba, uma descascadora, um moinho ou uma moto-cultivadora, terá que desembolsar 40% do valor do equipamento num prazo máximo de quatro anos.
"O objectivo é levar os camponeses, as organizações camponesas, a contribuírem para as suas actividades. É uma forma de responsabilização do camponês perante o valor do material que vai receber", defendeu o ministro guineense.
A ideia, adiantou ainda Aníbal Pereira, é repor os equipamentos e ainda levar a banca comercial a interessar-se pelo processo de captação de fundos que serão reutilizados na agricultura, sobretudo, ao nível da actividade familiar.
A agricultura é tida como a base da economia da Guiné-Bissau, mas o uso das máquinas é ainda diminuto, embora, nos últimos anos, o Governo tenha vindo a introduzir algumas alfaias, oferecidas pela India.
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