Assinalado na sexta-feira o primeiro aniversário da conferência de doadores em Bruxelas. Um ano depois os mais de mil milhões de euros prometidos não estão a ser direccionados para a execução do Plano Operacional, devido à instabilidade política.
Baptizado com “Terra Ranka”, o plano estratégico operacional para o desenvolvimento expressava uma nova era positiva do país, mas há muita incerteza em virtude da crise política actual.
Em Bruxelas, num encontro em que a Guiné-Bissau esteve representada pelo Presidente da República, José Mário Vaz, e pelo então Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira, 16 países assumiram na altura ajudar o financiamento dos projectos apresentados pelas autoridades bissau-guineenses, alguns a título de empréstimo e outros em doações.
Hoje, não obstante o Governo ter afirmado que para o efeito do desembolso dos fundos prometidos conseguiu assinar acordos com oito dos 16 parceiros que assumiram o compromisso, o cenário é algo complicado.
O quadro político vigente representa, de alguma forma, um dos obstáculos ao desembolso dos fundos prometidos e consequente execução do plano operacional “Terra Ranka”, segundo fonte governamental.
A Guiné-Bissau mergulhou numa crise político-institucional desde que o Presidente da República demitiu, em Agosto de 2015, Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro.
O confronto político entre Mário Vaz e Domingos Pereira, também presidente do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no Governo, extravasou para a Assembleia nacional Popular (Parlamento) e a tem impedido de funcionar.
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