Portugal surge no mapa das entradas de droga na Europa, sendo citado na lista de países de maiores apreensões, segundo o relatório de 2016 elaborado pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e o Serviço Europeu de Polícia.
No relatório sobre mercados de droga na União Europeia, divulgado hoje em Bruxelas, Portugal surge na lista de países que mais apreenderam resina de cannabis (2%), a par de Espanha (57%), Turquia (17%), França (13%) e Itália (7%), segundo dados de 2013.
A droga deverá ter sido usada em 2015 por 181 milhões de pessoas, entre os 15 e os 64 anos, tendo esse número sido de 22,1 milhões na UE, sendo a mais consumida no espaço comunitário.
No mercado de cannabis, Portugal surge entre a República Checa, Itália, Suécia, Inglaterra e Gales, como os locais onde os consumidores compram em casas particulares, "sugerindo um mercado de proximidade".
Outra referência a Portugal foi encontrada no capítulo sobre tráfico de heroína, que é coordenado sobretudo por organizações criminais turcas, paquistanesa e albanesas.
"A heroína é transportada a partir da área de produção por terra, mar e ar para o mercado de destino. Os principais portos de contentores de Roterdão e Antuérpia são um importante centro, enquanto os embarques do Paquistão para o Reino Unido e em Espanha (Barcelona) depois fluem para Portugal, França e Itália", lê-se.
Portugal, a par da Espanha, no Sul da Europa e os portos holandeses e belgas, no Norte, são os "mais importantes pontos de entrada para a cocaína da América do Sul chegar ao mercado europeu".
"Os países que mais apreenderam cocaína entre 2011 e 2014 foram Espanha e Bélgica, seguidos de França, Itália, Reino Unido e Portugal (não havendo dados para a Holanda)", lê-se.
No capítulo sobre a cocaína, Portugal foi um dos países onde foram identificados laboratórios de extração secundária, tal como Espanha, Holanda e Polónia.
O relatório explicou que a cocaína é traficada através da sua incorporação em materiais como o plástico, fertilizantes, papel ou roupa e que é recuperada através de um processo de extração secundária.
Com dados relativos a 14 países, a Europol listou os países com maior número de interceções de cocaína em correios aéreos em 2013: "Holanda e Espanha, seguidos de França e Portugal e depois Reino Unido, Itália, Alemanha e Bélgica".
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