O ministro do Planeamento e Investimento Estratégico de Timor-Leste, Xanana Gusmão, encontrou-se com o secretário-geral da ONU.
No encontro, Ban Ki-moon recebeu uma carta que visa aproximar o país lusófono à Austrália para a solução de uma disputa de fronteiras marítimas.
Em conversa com a Rádio ONU, o governante timorense disse que o pedido tem sido feito desde 1999.
Xanana Gusmão explica os contornos da disputa e revela que o processo vai permitir que em até um ano e meio as partes busquem uma solução nas negociações.
Ministro Xanana Gusmão detalha caso que envolve fronteiras marítimas
entre os dois países; em entrevista exclusiva, ministro timorense disse
que objetivo é o início de negociações; área envolvida tem recursos
naturais que incluem o petróleo.
O ministro do Planeamento e Investimento Estratégico de Timor-Leste,
Xanana Gusmão, entregou ao secretário-geral da ONU uma carta com vista à
aproximação com a Austrália num diálogo sobre a disputa de fronteiras
do mar.
Falando esta quarta-feira à Rádio ONU, em Nova Iorque, o
representante timorense disse que a meta é definir as fronteiras
marítimas permanentes entre os dois países.
Comissão
“É a notificação sobre a conciliação obrigatória. Nós já apresentámos
dois árbitros e agora cabe à Austrália apresentar os outros dois e
escolher o presidente da que seria denominada Comissão de Conciliação. É
o que avançaria este processo para aproximar os dois países. Temos
entre um ano ou um ano e meio desta oportunidade de vermos os dois
países sentarem-se, agirem de boa-fé e e observarem a lei internacional.
”
Timor-Leste defende que este procedimento é a única forma disponível para que a Austrália sente na mesa negocial.
Países
O governante timorense citou várias recusas de governos australianos
desde 1999 para tratar das fronteiras marítimas com Timor-Leste.
“Nossa luta é pela defesa dos direitos países pobres, dos países
pequenos. Uma luta que pode refletir-se na Guiné-Bissau e em São Tomé e
Príncipe para dar sinal ao mundo de que os países grandes, poderosos,
desenvolvidos não podem usar essa capacidade e essa potência para
esmagar os países pobres.”
A área disputada tem recursos naturais como o petróleo, o maior produto de exportação de Timor-Leste.
O país sustenta a sua reivindicação com a lei internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre Legislação Marítima.
Sem comentários:
Enviar um comentário