Em visita à África Ocidental para demonstrar apoio à população e aos governos mais afetados pelo surto de ebola, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou, neste sábado (20), que ainda há muito a ser feito para erradicar o vírus da região.
No entanto, reconheceu os significativos avanços decorrentes dos esforços nacionais, regionais e globais no desaceleramento da disseminação da doença e na criação de um ambiente mais otimista para as comunidades locais.
A presidente da Libéria, Ellen Sirleaf Johnson, se reuniu com Ban em Monróvia, capital do país, para discutir o apoio da ONU para a nação. O secretário-geral ressaltou positivamente os progressos já obtidos até agora e a redução no ritmo da disseminação do vírus no país. No entanto, alertou a importância da vigilância na luta contra a epidemia – que já matou mais de 7 mil pessoas e contaminou outras 19 mil.
Já em Guiné, Ban alertou que o ebola continua representando um sério risco para toda a população do país. Embora tenha havido queda significativa no número de casos da doença, ainda é necessário percorrer um longo caminho, com uma abordagem adaptada à dispersão geográfica do vírus. Para isso, as Nações Unidas e a Missão de Resposta de Emergência da ONU para o Ebola (UNMEER) vão manter sua intensa actuação na África Ocidental.
“Enquanto nossa prioridade imediata é interromper a disseminação da doença, não é cedo demais para começar a pensar no processo de recuperação”, disse Ban. O secretário-geral pediu que os esforços sejam acelerados para restaurar serviços sociais básicos, fortalecer o sistema de saúde, prover apoio à economia e aprimorar as estratégias de resiliência nos países mais afectados.
(Secretário-geral da ONU cumprimenta enfermeira sobrevivente do ebola, Rebecca Johnson. Foto:ONU/Martine Perret.) |
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