A Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), formou na última sexta-feira (12), 57 estudantes da turma "Luís Inácio Lula da Silva" de seu curso de Bacharelado em Humanidades.
A solenidade, realizada no Campus das Auroras, entre os municípios de Redenção e Acarape, no Ceará, é repleta de significado: é a primeira formatura da primeira universidade brasileira que em entre suas diretrizes estabelecer, na educação superior, um link entre o Brasil e os países de língua de expressão portuguesa, em especial os africanos. Sem contar a cooperação internacional Sul-Sul, de maneira colaborativa, solidária, para a formação de quadros e a produção de conhecimento por meio do intercâmbio acadêmico entre estudantes e professores.
É também a primeira universidade a chegar a Redenção, na região do Maciço do Baturité, no Ceará, levando educação superior pública para jovens que dificilmente teriam acesso a esse nível de ensino, por meio do programa de ampliação da rede federal de ensino superior iniciada durante o governo Lula.
“Hoje estou esperando o melhor. Suspiro de alívio, de tranquilidade, de ter conseguido a primeira etapa, que era fazer o bacharelado. Mas não posso falar disso sem falar da minha família, da minha origem, a gente tem que falar de onde vem. Eu venho de Cabo Verde, de uma família humilde, que não tem tradição de escolaridade. Basicamente sou o primeiro a ter um curso, e isso é motivo de orgulho para mim mesmo e minha família", afirmou o estudante Carlos Santos, de 26 anos, que veio de Cabo Verde.
Em sua mensagem aos formandos, a reitora Nilma Lino Gomes falou da origem humilde. “Muitos dos nossos bacharéis aqui formados representam a primeira geração a cursar o ensino superior na sua família. E para nós que viemos de famílias pobres, com trajectórias de luta por direitos e por inserção social, a conclusão de uma graduação significa muito", disse.
De acordo com a reitora, a formatura representa a conquista de um direito. "Para as famílias pobres do Brasil, continente africano e Timor-Leste – e eu venho de uma família com estas características –, cursar o ensino superior não é simplesmente a ordem natural das coisas, o caminho posterior ao ensino médio. Significa a ruptura com uma história de desigualdade e exclusão. Significa a nossa presença em um espaço e tempo que não foi pensado para os pobres e coletivos sociais diversos, mas, sim, para as elites”, frisou.
A reitora destacou ainda o desafio do projecto da Unilab. Citando o português Boaventura de Sousa Santos, professor de Economia da Universidade de Coimbra, disse que o projecto académico da Unilab é emancipatório, que busca "formar sujeitos e mentes inconformistas e rebeldes diante da injustiça, das desigualdades, do racismo e de toda forma de discriminação”.
Entre os integrantes da mesa de cerimónia estavam o vice-reitor, Fernando Afonso Ferreira, o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller, e a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC Macaé Maria dos Santos.
É também a primeira universidade a chegar a Redenção, na região do Maciço do Baturité, no Ceará, levando educação superior pública para jovens que dificilmente teriam acesso a esse nível de ensino, por meio do programa de ampliação da rede federal de ensino superior iniciada durante o governo Lula.
“Hoje estou esperando o melhor. Suspiro de alívio, de tranquilidade, de ter conseguido a primeira etapa, que era fazer o bacharelado. Mas não posso falar disso sem falar da minha família, da minha origem, a gente tem que falar de onde vem. Eu venho de Cabo Verde, de uma família humilde, que não tem tradição de escolaridade. Basicamente sou o primeiro a ter um curso, e isso é motivo de orgulho para mim mesmo e minha família", afirmou o estudante Carlos Santos, de 26 anos, que veio de Cabo Verde.
Em sua mensagem aos formandos, a reitora Nilma Lino Gomes falou da origem humilde. “Muitos dos nossos bacharéis aqui formados representam a primeira geração a cursar o ensino superior na sua família. E para nós que viemos de famílias pobres, com trajectórias de luta por direitos e por inserção social, a conclusão de uma graduação significa muito", disse.
De acordo com a reitora, a formatura representa a conquista de um direito. "Para as famílias pobres do Brasil, continente africano e Timor-Leste – e eu venho de uma família com estas características –, cursar o ensino superior não é simplesmente a ordem natural das coisas, o caminho posterior ao ensino médio. Significa a ruptura com uma história de desigualdade e exclusão. Significa a nossa presença em um espaço e tempo que não foi pensado para os pobres e coletivos sociais diversos, mas, sim, para as elites”, frisou.
A reitora destacou ainda o desafio do projecto da Unilab. Citando o português Boaventura de Sousa Santos, professor de Economia da Universidade de Coimbra, disse que o projecto académico da Unilab é emancipatório, que busca "formar sujeitos e mentes inconformistas e rebeldes diante da injustiça, das desigualdades, do racismo e de toda forma de discriminação”.
Entre os integrantes da mesa de cerimónia estavam o vice-reitor, Fernando Afonso Ferreira, o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller, e a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC Macaé Maria dos Santos.
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