O chefe do governo Domingos Simões Pereira apresentou um quadro sombrio daquilo que foi o balanço, este ano, das chuvas e do vento.
A Guiné-Bissau, a par de Timor Leste, figura entre os 15 países com mais alto risco de desastres naturais, refere um estudo das Nações Unidas publicado este ano.
O facto tem deixado as autoridades guineenses em estado de alerta, apesar da evidente fraca capacidade de resposta em caso de uma grande calamidade natural, apesar de o país ter acabado de constituir um Serviço Nacional da Protecção Civil.
Cerca de uma centena de personalidades, em representação de instituições públicas, privadas e de organizações internacionais, reuniram-se hoje, 16, na Conferência Nacional sobre a Protecção Civil, um fórum que vai reflectir sobre o quadro geral, do legislativo à intervenção coordenada de todas entidades direccionadas no caso de uma catástrofe natural.
A Guiné-Bissau consta da lista dos países mais vulneráveis em termos de riscos de catástrofe e, por isso, o chefe do Governo Domingos Simões Pereira apresentou um quadro sombrio daquilo que foi o balanço, este ano, das consequências das chuvas e do vento.
Numa altura em que o debate está acentuado, no meio dos ambientalistas, sobre a gestão da ocupação dos solos e da exploração dos recursos naturais, Simões Pereira, igualmente Presidente do Conselho Nacional da Protecção Civil, concorda com a revisão da política neste sector.
O ideal seria passar à prática em termos nacionais:
ResponderEliminar- Avaliar o impacto real da depradação dos recursos naturais, nomeadamente das areias de Varela e da desflorestação.
- Colocar rapidamente mãos à obra para elaboração de um plano nacional de reflorestação a implementar a muito breve prazo.
- Salvaguardar a segurança de pessoas e bens, face a chuvas e ventos intensos, com o desbastes de árvores em várias artérias das Cidades e em estradas de grande circulação. Igualmente avaliar as condições de fixação de postes, candeeiros de iluminação, placas de sinalização, etc, etc, ... localizados nos espaços públicos, corrigindo as situações.
- Criar um serviço nacional de emergência médica capaz (com suporte de rectaguarda) e corpos de bombeiros devidamente capacitados e dotados.
- Criar as condições adequadas para a drenagem das águas, quer infraestruturando, quer cuidando da higiene e limpeza de forma consistente e permanente.
- Atender aos edificados existentes e previstos em locais de cheia ou passíveis disso.
Em suma, actuar de uma forma global e em diversas direcções, criando condições para minimizar potenciais danos e simultaneamente gerar trabalho a tanta gente carenciada de ocupação e de algum rendimento (em prol do bem colectivo).
Obs: Até me arrepia pensar a existência de voos aéreos para Bissau atendendo ao quadro francamente vulnerável de um eventual incidente (veja-se que só agora foi criado ou delineado um Serviço de Protecção Civil). Esperemos que não ou melhor, rezemos para que nunca aconteça.