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Joseph Pulitzer

sábado, 13 de dezembro de 2014

“Vim para adquirir competências porque Angola precisa de gente capacitada”. Wilson Miranda veio para Portugal juntamente com outros estudantes perseguir o sonho de ser engenheiro.



Deixa para trás a família e amigos, mas olha para o futuro e para a Universidade de Coimbra (UC) como uma forma de “aprimorar a educação e ainda levar um bónus de interagir com diferentes culturas”.
 
São cerca de três dezenas de estudantes angolanos que vieram para Coimbra frequentar o ano zero, uma iniciativa inédita na UC.

O ano zero permite aos alunos aprofundarem conhecimentos na área de base científica, no sentido de virem a obter aprovação nas provas de ingresso ao Ensino Superior. Para a Vice-Reitora da universidade, Madalena Alarcão, o ano zero “é uma experiência absolutamente fundamental para ajudar os alunos”. De acordo com a responsável, é um apoio “para que venham a ter sucesso quando entrarem na universidade”.

Trazer pessoas com outras experiências e outras visões torna o ensino na UC “mais rico e mais múltiplo”. Acontece o mesmo para os estudantes nacionais que, revela a Vice-Reitora, também beneficiam da “oportunidade de se cruzarem com outros colegas e com outras culturas”.

Com um sorriso nos lábios Luciano Jai diz que um dos seus sonhos era “frequentar uma universidade reconhecida mundialmente”. Ao chegar à UC mostra-se “muito contente com a recepção dos portugueses”. O grupo de estudantes recém-chegado está a usufruir de uma bolsa oferecida pela empresa angolana Sonangol.

A Vice-Reitora destaca que a “importância de receber alunos internacionais decorre fundamentalmente da abertura que a universidade sempre tem tido relativamente ao mundo”. Uma universidade voltada para a internacionalização é, no momento, “um objectivo prioritário”.




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