A comissão da ONU para a paz na Guiné-Bissau expressou preocupação de que a recente evolução política no país "possa vir a prejudicar os progressos alcançados" até o momento. O Brasil lidera a Configuração para a Guiné-Bissau da Comissão das Nações Unidas para Consolidação da Paz (PBC)
A comissão da ONU para a paz na Guiné-Bissau expressou preocupação de que a recente evolução política no país "possa vir a prejudicar os progressos alcançados" até o momento.
Em nota publicada esta terça-feira, o grupo de países aponta para o risco de a "situação desestabilizar a frágil situação política" e comprometer o continuado progresso económico guineense.
O Brasil lidera a Configuração para a Guiné-Bissau da Comissão das Nações Unidas para Consolidação da Paz (PBC). Os países integrantes da estratégia debateram os recentes acontecimentos políticos na segunda-feira.
De acordo com agências noticiosas locais, o presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, está envolvido em consultas para nomear um primeiro-ministro, após ter anunciado a demissão do governo chefiado por Domingos Simões Pereira. A medida seguiu-se a "tensões" entre os dois líderes.
Na nota, a PBC reitera a sua avaliação de que a Guiné-Bissau tem vindo a fazer bons progressos para a estabilização e o desenvolvimento desde as eleições de 2014 e a mesa redonda realizada em março em Bruxelas
Mas o comunicado frisa que os guineenses merecem instituições e liderança sensíveis às suas aspirações.
A Comissão lamenta que os esforços nacionais, regionais e internacionais para ajudar a resolver a crise política não tenham impedido a escalada da crise.
Entre as várias medidas para ajudar a ultrapassar a crise é mencionado um apelo do Conselho de Segurança, além do envolvimento da União Africana, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Europeia.
A PBC lembra às autoridades guineenses a sua responsabilidade em acalmar e resolver a crise além de manter o país no caminho da estabilidade política, da recuperação económica e social e do desenvolvimento.
A recomendação é que seja retomado o diálogo político para resolver as atuais tensões no "pleno respeito pela Constituição e do Estado de Direito", além de se encontrar uma forma concertada para sair da actual crise política.
No fim da nota, a PBC elogia a moderação "demonstrada até agora pelas Forças Armadas da Guiné-Bissau". O apelo é que estas continuem a respeitar o poder civil.
Sem comentários:
Enviar um comentário