Num encontro com os chefes tradicionais, Domingos Simões Pereira disse não ter nenhum problema com o chefe de Estado ou com qualquer outro detentor de órgão de soberania do país, pelo que, da sua parte, diz não perceber o que se passa.
"Sinceramente, não sei o que se passa. Eu não tenho nada com ninguém, mas estou disposto a dialogar para fazer o país sair do impasse em que se encontra", afirmou Domingos Simões Pereira.
Expressando-se em crioulo, Simões Pereira disse estar disponível para ser julgado "pelo povo" que o elegeu, mas dentro de quatro anos, quando terminar a atual legislatura, pelo que, pretende continuar a trabalhar.
"Peço que me deem a paz e a tranquilidade e eu dou-vos o verdadeiro desenvolvimento", defendeu Simões Pereira, sublinhando não ter tido "tempo e cabeça" para fazer mais nada nos últimos três meses que não seja "gerir problemas".
Os chefes tradicionais pediram ao primeiro-ministro que tenha "coragem e dó da população" que almeja por mais realizações do seu Governo.
Os chefes tradicionais não atribuíram razão ou culpa no diferendo que opõe o primeiro-ministro ao presidente guineense, José Mário Vaz, mas a ambos pediram que haja "entendimento e tolerância" para que o país volte à calma.
Estes chefes prometeram ainda levar a mesma preocupação ao líder do parlamento, Cipriano Cassamá, e ao chefe de Estado.
"O verdadeiro poder de representação do povo está nas nossas mãos, porque nós não somos eleitos, nem somos exonerados, senão por obra de Deus, com a nossa morte", observou José Saico Embaló, régulo de Gabu, no leste do país.
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