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Joseph Pulitzer

sábado, 8 de agosto de 2015

Produção audiovisual de países lusófonos

A segunda edição do Programa CPLP Audiovisual foi lançada na tarde desta sexta-feria, 7, em evento realizado na Casa de Angola, na Barroquinha. O edital vai seleccionar documentários e tele-filmes de ficção produzidos nos nove países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). As inscrições estão abertas até 31 de outubro na plataforma online do CPLP (www.cplp.org).


Tendo como base um modelo de operação em rede, os produtos audiovisuais serão realizados por brasileiros e produtores seleccionados em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e exibidos pelas emissoras públicas de televisão de cada país-membro.

"A primeira edição teve muito sucesso, com zero de incomplacência. Agora, avançamos no sentido de não ter descontinuidade no programa. É um momento muito rico", disse o secretário do Audiovisual, Pola Ribeiro, por meio de depoimento em vídeo. O baiano não pôde comparecer ao evento porque estava representando o ministro da Cultura, Juca Ferreira, no Festival de Gramado, na Serra Gaúcha.

Criado em 2009 a partir da experiência do projecto DOCTV, da TV Brasil, desta vez o Programa CPLP Audiovisual foi ampliado e está formatado em três eixos, que também incluem oficinas de capacitação de desenho criativo de produção e planeamento.

O DOCTV CPLP II vai seleccionar nove projectos inéditos de documentários de 52 minutos, com orçamento de 50 mil euros cada.

Já o FICTV CPLP I vai escolher projectos de tele-filmes em duas linhas de ação. A primeira, que se aplica a Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, vai produzir quatro projectos inéditos de tele-filmes de ficção de 52 minutos, com orçamento de 150 mil euros cada, a serem elaborados a partir de adaptação de obra literária
nacional.

A segunda linha diz respeito aos outros cinco países e se limita ao desenvolvimento de projectos, que serão realizados na próxima edição do programa. "Iniciamos um percurso na dramaturgia para que os países de língua portuguesa possam conhecer a diversidade de produção", afirmou Marco António Coelho Filho, coordenador do Polo do Audiovisual Brasileiro.

O terceiro eixo, intitulado Nossa Língua, vai fazer circular 36 documentários já finalizados na programação das emissoras nacionais.

"A partir disso, esses filmes começam a entrar na grade de programação. A ideia é também começar a criar uma fidelidade de público, para quando os filmes do DOCTV e do FICTV ficarem prontos, em 2017, eles possam acompanhar o conteúdo inédito", disse Caio Cesaro, coordenador-geral de análise e selecção de projectos e parcerias da Secretaria do Audiovisual (SAV).

Para o cineasta Ailton Pinheiro, o edital é uma oportunidade para aproximar as culturas brasileira e africana. "O programa permite trazer outros olhares para o cinema, que mostra a diversidade dessas culturas".

As inscrições podem ser feitas até 31 de outubro no site www.cplp.org.
 

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