Miguel Trovoada referiu o interesse de se criarem “regras básicas de orientação e gestão” no relacionamento entre as instituições guineenses “porque é isso que está em causa” e lamentou as dificuldades de relacionamento “resultantes da má interpretação particular dos dispositivos” legais, apesar da Constituição guineense “consagrar atribuições e competência de cada órgão de soberania”.
O enviado da ONU disse que na Guiné-Bissau existem órgãos de soberania, cada um com competências próprias e ligações entre si. “Como há competências partilhadas isso supõe uma conformação da vontade daqueles órgãos” que comparticipam no que se pode “chamar o executivo, embora não seja no sentido estrito da palavra, que é Governo”, referiu.
Miguel Trovoada afirmou que “a situação na Guiné-Bissau tem criado bloqueios” e que “a falta de diálogo entre as instituições guineenses ” impede que se ultrapassem situações que “podiam ser resolvidas rapidamente”.
“As posições radicalizaram-se, o que deu no que já se sabe, caiu o Governo resultante das últimas eleições gerais, há outro em exercício mas não há por parte das instituições um entendimento que permita o seu funcionamento normal”, concluiu o enviado da ONU.
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