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terça-feira, 5 de abril de 2016

Bissau: Centro médico para a África Ocidental

A criação de um centro de prevenção e controlo de doenças para a África Ocidental, incluindo as lições obtidas na luta contra o Ébola, está desde ontem em debate num encontro internacional, em Bissau, anunciou a organização.


“O tema central tem a ver com a criação de um centro” que permita “a fácil mobilização de técnicos para apoiar países confrontados com situações epidémicas”, explicou à Lusa, Plácido Cardoso, director do Instituto Nacional de Saúde Pública (INASA) da Guiné-Bissau.

O país acolhe esta sexta-feira o 17.º encontro de ministros da Saúde da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O evento é precedido de outras reuniões, que arrancaram ontem, com um encontro de pontos focais do sector de saúde dos diferentes países.

Para terça e quarta-feira estão marcadas reuniões de peritos em diferentes áreas.

Plácido Cardoso reconhece que o surto de Ébola que afectou a região nos últimos dois anos foi uma lição para todos os países da sub-região – mesmo para a Guiné-Bissau, que não registou nenhum caso, mas teve que pôr em prática diversas medidas de prevenção.

Para a configuração do novo centro de controlo de doenças, “cada país é chamado a designar uma estrutura de referência nacional” que vai integrar a nova organização.

A reunião de Bissau pretende ser mais um passo com vista à sua entrada em funcionamento, com o objectivo de dar uma resposta o mais eficiente possível “às solicitações que cada país vier a fazer” aos vizinhos da África Ocidental, em caso de epidemia.

Um novo caso de Ébola foi identificado na Libéria na última semana, mais de dois meses após a proclamação oficial do fim da transmissão do vírus no país. Poucos dias antes houve também um ressurgimento do vírus na vizinha Guiné-Conacri, que já causou sete mortos.

A última epidemia do vírus do Ébola teve início em Dezembro de 2013 na floresta da Guiné-Conacri e espalhou-se para a Libéria e a Serra Leoa. Os três países concentraram mais de 99 por cento das vítimas. O surto provocou 11.300 mortos.
 
 
 

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