Duas missões do Fundo Monetário Internacional na Guiné-Bissau. A instituição recomenda reformas estruturais ao país e equaciona a possibilidade de um resgate.
Roger Nord, director-adjunto do
departamento África do FMI encontra-se em Bissau a chefiar uma missão de
observação do organismo. No terreno já se encontrava uma outra missão
que finaliza a avaliação ao programa de apoio financeiro ao país.
Da deslocação do responsável do Fundo Monetário Internacional deverá
resultar um relatório que será apresentado em Novembro ao Conselho de
Administração do FMI. Nessa altura, será decidido se o organismo vai
continuar a desembolsar a ajuda financeira à Guiné-Bissau.
O programa anunciado em Maio de 2015 ascende a cerca de 22 milhões de euros a desembolsar em três anos.
A Guiné-Bissau registou progressos para a retoma do Programa de
Facilidade de Credito Alargado com FMI, mas precisa de esforços
adicionais.
Anunciou hoje, Roger Nord, o Director Adjunto do Departamento
Africano do FMI que se juntou em Bissau com a missão técnica de
avaliação do Fundo que termina segunda-feira.
Depois dos encontros com o Director Nacional do Banco Central dos
Estados da Africa Ocidental-BCEAO, com Primeiro-Ministro e com o
Ministro das Finanças, o Director Ajunto do Departamento Africano do
Fundo Monetário Internacional, Roger Nord disse que o país deu passos
importantes para a estabilização financeira.
Para além de ter anulado o resgate bancário no valor de 52 milhões de
dólares americanos, a missão do FMI, entende que a Guiné-Bissau tem
desafios fiscais adicionais para poder superar o défice orçamental e
assegurar a estabilidade financeira.
O Ministro da Economia e Finanças, Henrique Horta dos Santos acredita que o país irá conseguir os apoios do FMI.
Esta reunião do Conselho da Administração do FMI para apreciação
final do dossier Programa de Facilidade de Credito Alargado à
Guiné-Bissau está prevista para Novembro próximo.
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