Líderes de quatro dos cinco partidos com representação no Parlamento da Guiné-Bissau deslocaram-se ontem para a Nigéria para debater com os Chefes de Estado da África Ocidental a crise política no país.
Domingos
Simões Pereira, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC), Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática
(PCD), Agnelo Regalla da União para Mudança (UM) e Iaia Djaló, do
Partido da Nova Democracia (PND) vão apresentar aos líderes da África
Ocidental os motivos da contestação ao novo Governo Bissau-guineense.
O
Presidente Bissau-guineense, José Mário Vaz, nomeou o general na
reserva Umaro Sissoco Embaló, de 44 anos, Primeiro-ministro e este
formou o seu Governo, só que o Executivo é contestado pelos quatro
partidos que não o integram.
Estes
acusam o chefe do Estado de ter feito um Governo fora dos entendimentos
alcançados em Bissau, em Setembro, e Conacri, em Outubro, que visavam
formar uma equipa que incluísse todas as forças políticas
bissau-guineenses representadas no Parlamento e que fosse liderado por
um Primeiro-ministro de consenso.
Os dois acordos foram concluindo sob a mediação da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO).
Alpha
Condé, que actuou sob o mandato de líderes da organização regional,
promete anunciar os resultados da mediação que fez perante os seus
homólogos na cimeira de Abuja, capital da Nigéria, amanhã.
Das
cinco forças no Parlamento, apenas o Partido da Renovação Social (PRS)
integra oficialmente o Governo de Embaló, que conta com figuras
dissidentes do PAIGC.
A
crise política que se mantêm na Guiné-Bissau, mesmo com a formação do
novo, é um dos assuntos a debater na cimeira de líderes da CEDEAO que
terá lugar amanhã na cidade nigeriana de Abuja.
O
Presidente Mário Vaz deverá viajar na madrugada de amanhã para tomar
parte na cimeira onde também vai estar presente Umaro Embaló, que ontem
se deslocou para Abuja.
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