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Joseph Pulitzer

sábado, 17 de dezembro de 2016

Greves frustradas, em falsas promessas de grupo ou interesses politicos marginais

A greve geral de dois dias da função pública convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) foi hoje levantada após a assinatura dum memorando de entendimento com o governo, anunciou o dirigente sindical Júlio Mendonça.


O governo comprometeu-se a regularizar de imediato alguns salários em atraso, remetendo para janeiro o pagamento de ordenados em dívida de anos anteriores, desde que o Orçamento Geral de Estado de 2017 seja aprovado.

O executivo prometeu ainda incluir na proposta do orçamento um aumento do salário mínimo para os funcionários públicos guineenses dos atuais 28 mil francos CFA (43 euros) para 75 mil francos (114 euros), adiantou Mendonça.

"Desde a Independência [há 42 anos] até a data presente, nenhum funcionário público consegue satisfazer as necessidades básicas com o seu salário", observou o sindicalista.
Júlio Mendonça disse ainda que o "magro salário" obriga a recorrer "a esquemas de corrupção" para resolver os problemas do quotidiano, enquanto "os políticos vivem no luxo absoluto", observou.

A UNTG tinha previsto paralisar a função pública na quarta-feira e hoje, mas a greve apenas teve lugar durante um dia e segundo Júlio Mendonça houve uma adesão acima 90%.
Outro entendimento alcançado e que permitiu o levantamento da greve geral reside num prazo de 30 dias assumido pelo governo para "disciplinar a atuação" da polícia de trânsito e da Guarda Nacional nas estradas do país.

Os condutores de transportes públicos acusam as forças de ordem de um excesso na aplicação e cobrança de multas.

O governo comprometeu-se igualmente a "usar da sua magistratura de influência" junto das duas operadoras de telecomunicações móveis do país para que alguns funcionários expulsos este ano daquelas empresas possam ser reintegrados.


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