Nunca na história da GB se assistiu a tanta barbárie! Tantas crises numa só: "crise económica, crise cultural, crise educacional, crise política, e crise de moralidade, é a derrocada!". Uma decadência! Destaca-se a ingovernabilidade e extingue-se a legitimidade!
Os políticos guineenses mudam de convicções, propósitos, princípios e fundamentações ideológicas, com a mesma rapidez e eloquência dos seus discursos. O suspense político tomou conta do país.
Na sociedade existe uma atmosfera pesada de radicalização da estupidez, onde a iliteracia é elevada, onde a maioria dos guineenses marcado pelas feridas profundas da discriminação sofrida durante o colonialismo, ainda possui uma mentalidade escrava e dependentista.
Vive-se uma existência sombria de escravidão, liderada por gangues partidários, sedentos do tesouro público. O preconceito étnico e a discriminação racial, passaram a ser usados como arma ideológica para legalizar o poder sobre as pessoas. O próprio Estado etniciza a população.
É no círculo das relações políticas, que a questão racial ganhou uma maior amplitude. Radicalizou-se o racismo institucional, que se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adoptados, cujo único intuito foi o de impedir o acesso a lugares de chefia, a pessoas de pele clara. A própria constituição nos moldes em que se encontra, interditava o próprio líder guineense a candidatar-se ao mais alto cargo da Nação caso fosse vivo.
O país transformou-se, num país de falhados. Dos partidos vêm, uma espécie bizarra de políticos mutantes, políticos corruptos numa guerra fraticida entre si, que tudo fazem para anestesiar a população. Custeados por grupos de marginais que rasgam o senso da nacionalidade e de patriotismo, ludibriam e manipulam interesses colectivos, com o intuito de tirar vantagens e conseguir seus intentos.
As suas expressões idiomáticas, repetitivas, para justificar as incompetências, as ineficiências e os fracos resultados, demonstram que esta gente perdeu o padrão mínimo da moral. Uma autêntica ameaça à sociedade.
Nada anda bem no país, e nada anda bem, porque tudo é mal feito. É confrangedor ver a forma crescente e gradativa da derrocada em decorrência do poder inflacionário, as dificuldades financeiras e sociais, a queda da produção, a ineficiência das políticas públicas, o descrédito, a desconfiança, a falta de exemplos e boas práticas, os desacertos nas directrizes económicas, um poder judiciário ineficaz, interferência militar na política, altas taxas de criminalidade, corrupção extrema, entrada ilegal no pais e anexação de terrenos por parte dos países vizinhos, etc, etc.
GB está apenas apta para criminosos e assassinos. Não há lei, cada um dita a sua. A lei tribal e da feitiçaria domina, os Tribunais são silenciados, a Assembleia foi transformada em bazar (“por deputados esvaziados de conteúdo e que vendem mistério onde ela não existe, tornando-se num local de tão baixo nível”), a função pública foi destruída, a classe empresarial falida, a sociedade corrompida, os ministérios não possuem organigrama nem uma contabilidade organizada e os verdadeiros cérebros, os verdadeiros motores para o desenvolvimento do país não se encontram enquadrados. Tudo cheira a podridão!
Os escândalos emergem a uma velocidade estonteante, a banalização do crime, a arrogância, a ganância e ignorância acumuladas por esta espécie bizarra de políticos mutantes, já enjoa.
Vive-se uma anarquia há décadas e esta anarquia transportou o país para um crepúsculo que não significa nem vida nem morte. Nessa Terra do Nunca, um lugar mágico não muito longínquo da Europa, o colapso do país é fruto da ignorância e da mentalidade retrógrada destes políticos da desgraça que a GB possui.
Onde nos perdemos?
A realidade, é que de tanto lidar com esta escumalha, muita gente ficou bruta e jogou no caixote do lixo valores e princípios que aprenderam em casa. Uma sociedade desta natureza, onde a educação e o respeito passou para o segundo plano, onde as famílias começaram a transmitir princípios morais deturpados aos seus filhos, nada de útil se pode esperar. A crise começa na ausência de valores.
Num país falhado, a miséria faz as pessoas se submeterem a todo o tipo de humilhação. Devem os guineenses saber, que quando não lhes é oferecido nenhuma alternativa de inclusão social, permanecem um escravo por falta de opção. Isso, é um dos fenómenos mais vergonhosos na Humanidade. É dever de todos saberem, que enquanto se manter esta espécie bizarra de políticos mutantes no país, todos estão condenados no país.
Otílio Camacho, 28/1/2016
Sem palavras, sem razões e catástrofe sem fim.
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