Num discurso em português – língua em que também foi lido o decreto de atribuição da condecoração – Taur Matan Ruak considerou que o “processo de paz e reconciliação” entre Timor-Leste e o seu antigo ocupante “é expressão genuína do sentimento de respeito mútuo e vontade de paz”.
Timor-Leste e a Indonésia, disse, “cooperam para promover e garantir, de forma conjunta, a paz, estabilidade e segurança na região”, contribuindo “para a atmosfera de confiança que permite focar esforços nas prioridades de desenvolvimento, em busca de mais bem-estar e prosperidade” para os dois países.
Além do tema das fronteiras – já há acordo em 98% da fronteira terrestre – o chefe de Estado timorense referiu-se à “cooperação ampla e eficaz” entre os dois países em sectores tão diversos como as áreas política, económica e comercial ou técnico-científica, e sectores de relevo como a educação, proteção do ambiente, energia, turismo e transportes.
“O nosso país acredita que o desenvolvimento só é possível em ambiente de paz e estabilidade e está disponível para continuar a trabalhar com a Indonésia no estabelecimento de mecanismos para impulsionar uma cooperação económica regional alargada”, disse.
Taur Matan Ruak aproveitou ainda para saudar o apoio indonésio à adesão de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), reiterando que Díli considera justo ver “reconhecida a legitimidade de pertencer estatutariamente à grande família em que o país está, para todos os efeitos práticos, realmente inserido”.
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