Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão entre os 13 países de África que se destacaram pela redução drástica da malária no continente africano, indica hoje uma nota da Aliança de Líderes Africanos contra o Paludismo (ALMA).
Além de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, a ALMA atribuiu os Prémios Excelência 2016, que serão entregues sábado em Adis Abeba, ao Botsuana, Eritreia, Namíbia, Ruanda e Suazilândia, por terem alcançado os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) em 2015.
No documento, a ALMA refere que, pelo desempenho no controlo do paludismo entre 2011 e 2015, Libéria, Ruanda e Senegal vão receber idêntico prémio, enquanto as Comores, Guiné-Conacri e Mali terão a mesma distinção por terem obtido, no mesmo período, "as maiores melhorias" no controlo da malária.
A entrega dos prémios, segundo a ALMA, está agendada para sábado no início da 26.ª sessão da Cimeira dos chefes de Estado e Governo da União Africana (UA), que decorrerá sob o lema "2016: Ano Africano dos Direitos Humanos, em Particular para os Direitos das Mulheres".
Nos últimos 15 anos, segundo o comunicado, o continente africano alcançou "avanços históricos" na luta contra a malária.
Desde 2000, as taxas de mortalidade da malária em África caíram 66% em todos os grupos etários e 71% entre as crianças até aos cinco anos, lê-se no documento.
A ALMA realçou que os óbitos anuais por paludismo em África diminuíram de um número estimado de 764.000, em 2000, para 395.000 em 2015.
Cerca de 663 milhões de casos de malária foram evitados na África sub-sahariana ao longo dos últimos 14 anos, acrescenta-se no documento.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as reduções nos casos de paludismo atribuíveis a actividades de controlo da malária pouparam cerca de 900 milhões de dólares (839 milhões de euros) em despesas de tratamento entre 2001 e 2014.
"Pela primeira vez na história, está à vista uma África livre da malária", afirmou o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Dessalegn, também presidente da ALMA.
"O sucesso nestes 13 países, e em outros locais por todo o continente, demonstra que uma liderança forte é a nossa arma mais poderosa contra esta doença antiga e letal", concluiu.
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