A Presidente do Instituto de Mulher e Criança (IMC) alertou hoje para o aumento da prática de “turismo sexual” nas ilhas da Guiné-Bissau com abrangência, na sua maioria, de adolescentes e crianças na faixa etária dos 12 anos.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné – ANG, Ana Emília de Barros Sá, disse estar preocupada com este fenómeno que devido a sua dimensão se tornou numa questão de comercio sexual naquela zona insular do país.
Aquela responsável explicou que o “turismo sexual”, que não constitui um fenómeno novo na zona das ilhas, tem acrescido consideravelmente.
Barros Sá declarou que há muitos anos que o IMC tem trabalhado no sentido de estancar o alastramento deste fenómeno.
No entanto, afirmou que os serviços de vigilância ao nível das zonas insulares não são constantes devido a falta de meios de que padecem, situação que condiciona ao aliciamento dos elementos de segurança na zona.
“Sempre recebemos apoios do Unicef em colaboração dom o Ministério do Turismo para os nossos trabalhos no terreno”, afirmou.
A Presidente do IMC disse que a intensificação do combate à este fenómeno será possível com a elaboração, validação e divulgação dos trabalhos da Política Nacional de Infância e do Código de Conduta ao nível do Sector Autónomo de Bissau e nas regiões do país.
“Já contactamos alguns parceiros internacionais no sentido de nos apoiarem na elaboração dos referidos documentos, importantes para a garantia do bem-estar das crianças guineenses”, contou.
Indagada sobre a situação da violação dos direitos das crianças que muito se tem denunciado no país, Emília de Barros disse que têm empreendido esforços para assistência às vitimas apesar da falta de meios por parte do IMC.
Em 2013 o então Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico teria lançado uma alerta sobre o turismo sexual e tráfico humano na Guiné-Bissau.
(via: ang)
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