O ex-activista do grupo Panteras Negras Albert Woodfox foi libertado, na sexta-feira, de uma prisão norte-americana depois de 43 anos de prisão e de décadas de batalhas legais para provar a sua inocência.
O activista é considerado o preso que detém o recorde em prisão solitária, tendo permanecido 30 anos nesse regime.
Woodfox é o último dos chamados "três de Angola" [numa referência ao nome do estabelecimento prisional onde estava] a ser libertado, num caso que provocou a indignação dos grupos de direitos humanos.
Em junho do ano passado, o juiz federal James Brady havia ordenado que Woodfox fosse libertado imediatamente e vetou um novo julgamento pelas acusações de ter assassinado o guarda prisional Brent Miller.
O Estado da Louisiana, no entanto, recorreu e o activista continuou preso, tendo sido somente libertado agora.
O ex-Pantera Negra foi solto no dia em que completou 69 anos.
Woodfox foi condenado em 1972 com outros dois homens -- Robert King e Herman Wallace -, pelo assassinato de um guarda da prisão de Angola, na Louisiana.
Os três (conhecidos como "os três de Angola") eram membros da organização Panteras Negras, movimento que lutava contra a repressão e policiais abusos contra negros.
Woodfox, que foi condenado com o testemunho de três presos, mas sem provas materiais, sempre negou o assassinato do polícia.
O destino de Woodfox, King e Wallace mobilizou várias organizações de defesa dos direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional.
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