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Joseph Pulitzer

sábado, 31 de janeiro de 2015

Detenções de manifestantes anti-CAN na Guiné Equatorial, país membro da CPLP

Os Estados Unidos exprimiram a sua "profunda preocupação" pelas detenções de cidadãos equato-guineenses que protestam contra os gastos feitos pelo seu Governo para acolher o Campeonato Africano das Nações (CAN) em curso na Guiné Equatorial.


 
Celestino Okenve, membro do partido da oposição União Popular, e Antonio Nguem, foram detidos a 14 de janeiro último, e Miguel Mbomio foi preso a 16 do mesmo mês. Eles foram acusados de distribuir ou possuir literatura que apela para um boicote público pacífico dos jogos do CAN.

Os três indivíduos foram detidos preventivamente na cidade continental de Bata, apesar de nenhuma acusação oficial ser feita contra eles.

"Estamos igualmente preocupados, segundo vários relatos, pelo facto de que um dos reclusos teria sido agredido pela Polícia durante a sua detenção e estas pessoas não foram autorizadas a ser assistidas por um advogado", declarou quinta-feira o Departamento de Estado norte-americano.

"Okenve, Nguema e Mbomio foram detidos sem inculpação durante mais das 72 horas permitidas pela lei na Guiné Equatorial e devem ser libertos imediatamente", indicou o comunicado.

"Nós pedimos ao Governo da Guiné Equatorial para garantir tratamento humano das pessoas detidas, em conformidade com a Constituição da Guiné Equatorial e o Pacto Internacional relativo aos Direitos Civis e Políticos que a Guiné Equatorial ratificou", sublinhou.

"Nós apelamos igualmente às autoridades do Governo equato-guineense para se conformar com as proteções oferecidas a todos os cidadãos equato-guineenses que, em virtude da lei neste país, têm direito à proteção contra as detenções arbitrárias e a garantias de julgamento equitativo, incluindo o direito a um advogado. Eles têm direito de ser informados sobre as acusações contra eles e têm direito a um julgamento rápido ou à libertação no prazo prescrito pela lei", declarou o Departamento de Estado.

A 30ª edição do CAN bienal iniciou a 17 de janeiro último na nação da África Central e continuará até 8 de fevereiro de 2015.

A Guiné Equatorial foi escolhida como anfitriã de emergência depois de Marrocos retirar-se por receio da doença do vírus do Ébola.
 
 
 
 

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