Arquitectas portuguesas apresentam na ONU o seu projecto premiado para abrigar refugiados sírios.
Projectar abrigos para vítimas de guerras ou desastres naturais foi o desafio lançado pelo curso da Open Online Academy que três jovens arquitectas portuguesas decidiram abraçar e que lhes valeu um prémio internacional. Foi esse reconhecimento que levou Ângela Pinto, Joana Lacerda e Carla Pereira à sede das Nações Unidas em Nova Iorque, por estes dias, onde o seu trabalho ficará exposto até dia 12.
O trabalho, um abrigo para os refugiados sírios, estará também na Asia Society, em São Francisco, sendo ainda alvo de uma menção numa publicação da especialidade nos Estados Unidos e objecto de eventual construção, caso obtenha financiamento de ONG. Sobre isto esperam ter mais novidades hoje, dia da conferência Resilience By Design, na qual participam e onde vão receber formalmente o prémio. “Ainda estamos um pouco incrédulas, mas muito orgulhosas por levar o nome da arquitectura portuguesa ao local onde se tomam as mais importantes decisões para a humanidade.
É uma oportunidade rara, que queremos agarrar e acima de tudo fazer com que o projecto seja implementado, validando tudo aquilo em que acreditamos.” Sendo a arquitectura social e humana a temática que interessa ao trio da Universidade Lusíada do Porto, não foi difícil escolher os destinatários do trabalho. “A situação dos refugiados sírios é a mais urgente e acabou por se tornar um desafio por haver poucas soluções para climas com grandes amplitudes térmicas”, explica Ângela Pinto.
É uma oportunidade rara, que queremos agarrar e acima de tudo fazer com que o projecto seja implementado, validando tudo aquilo em que acreditamos.” Sendo a arquitectura social e humana a temática que interessa ao trio da Universidade Lusíada do Porto, não foi difícil escolher os destinatários do trabalho. “A situação dos refugiados sírios é a mais urgente e acabou por se tornar um desafio por haver poucas soluções para climas com grandes amplitudes térmicas”, explica Ângela Pinto.
As arquitectas fizeram uma pesquisa intensiva, procurando documentar-se sobre a vida dessas pessoas. Contaram um orçamento reduzido (cerca de 800 euros), que limitou a escolha dos materiais, e um prazo apertado (mês e meio). Outro desafio foi conseguir verba para a ida a Nova Iorque.
Recorreram a uma plataforma de crowdfunding quando as instituições falharam no apoio. “Resultou melhor do que esperávamos, pedimos 1800 euros e conseguimos 2007 e foi interessante perceber que as ajudas surgiram de anónimos que provavelmente estão na mesma condição que nós, desempregados.” Apesar disso confessam-se mais optimistas em relação ao futuro profissional e esperam agora ver concretizado no terreno o seu projecto vencedor.
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