"Na CPLP, podemos aproveitar melhor o fato de termos uma língua comum, com a revitalização destes fóruns em torno de uma agenda forte com prioridades comuns, da língua aos oceanos, da cooperação à investigação, e isso podia ser portador de mudanças reais na vida de milhares ou milhões de pessoas", disse o antigo chefe de Estado na sessão de abertura das Conferências de Lisboa, que decorreu na capital portuguesa.
A complementaridade de recursos, de instrumentos e de capacidades que existe no espaço da CPLP e de outros organismos similares obriga a "políticas concertadas de cooperação para o desenvolvimento movidas pela luta contra as desigualdades e que garantam que os jovens consigam ter acesso a mais oportunidades", sendo crucial o desenvolvimento de "um novo paradigma da cooperação", concluiu.
Na intervenção, Jorge Sampaio passou em revista algumas das suas reflexões sobre o desenvolvimento e os grandes problemas que o mundo enfrenta, sublinhando a importância da "cooperação regional, onde há tanto por fazer", da apreensão que sente com a falta de solidariedade não só entre as gerações, mas também entre os mais ricos e os mais pobres.
A este propósito, salientou que os 85 multimilionários apontados pela Oxfam detêm o mesmo valor que os 50% mais pobres da população mundial, o que significa, disse, que "85 pessoas têm os mesmos recursos que os 3,5 mil milhões de pessoas".
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