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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Bandeira estrangeira é melhor... é mais xique

O hastear da bandeira do Reino de Marrocos no mastro do Palácio da República da Guiné-Bissau é a questão que tem estado a suscitar desde chegada ontem do monarca ao país, muita polémica no seio da população guineense e comentários contraditórios da parte dos internautas guineenses por mundo fora.


O Rei Mohammed VI de Marrocos e a sua comitiva, instalaram-se no Palácio da República e a bandeira de Marrocos colocada no mastro principal do Palácio.
Uma parte de opiniões defende que o Chefe de Estado, José Mário Vaz, não podia sair do Palácio para morar na residência de hóspedes, a chamada “Casa de Pedras”; o normal seria que o monarca marroquino fosse acolhido na casa de hóspedes. Por outro lado, outras opiniões julgam de normal o facto de o Rei morar no Palácio. A mesma corrente de opiniões considera igualmente normal que a bandeira seja hasteada no Palácio presidencial guineense reservado ao rei.

O Democrata auscultou as opiniões de diferentes especialistas guineenses e estrangeiros em matéria de diplomacia e protocolo.

“HASTEAR DE BANDEIRA DE MARROCOS NO PALÁCIO GUINEENSE É UM CASO INÉDITO NA DIPLOMACIA”

Um diplomata estrangeiro que pediu anonimato explicou a’O Democrata que essa situação de hastear de bandeira de Marrocos no Palácio da República da Guiné-Bissau é um “caso inédito” em matéria da diplomacia.
O diplomata assegurou ainda que no seu entender as autoridades guineenses querem satisfazer o monarca marroquino, pelo que resolveram hospedá-lo no Palácio e hastear a sua bandeira.
“Essa situação é inédita. Eu particularmente nunca constatei isso. As autoridades guineenses querem satisfazer o rei Mohammed VI e obter mais benefícios da sua parte. Quem devia ficar na Casa de Pedras não é o Presidente José Mário Vaz, mas sim o rei Mohammed VI. Agora o facto de ele ter morado no palácio é obrigatório hastear a bandeira do país dele para mostrar a sua presença lá”, contou a mesma fonte.

“É ADMISSÍVEL DIPLOMATICAMENTE HASTEAR A BANDEIRA DE MARROCOS NO PALÁCIO GUINEENSE” (*)

O antigo embaixador da Guiné-Bissau em França e actual Inspector do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Dino Seidi explicou na sua curta declaração que “é admissível diplomaticamente hastear a bandeira de Marrocos no Palácio da República da Guiné-Bissau”, declarou sem dar mais detalhes.
Um dos conselheiros do Presidente da República, Dionísio Cabi que igualmente estudou em Reino de Marrocos, lembrou na sua declaração que aquando da visita do Rei da Arábia Saudita a Marrocos, o Rei Hassan II no trono naquela altura saiu do Palácio e permitiu que o Rei saudita hospedasse ali e durante a sua estadia foi hasteada a bandeira da Arábia Saudita.

“DESAFIO QUALQUER PESSOA QUE DIZ NÃO É POSSÍVEL HASTEAR A BANDEIRA DE MARROCOS NO PALÁCIO”

O especialista em assuntos diplomáticos e protocolares, o Embaixador Pedro Maria Mendes Costa (conhecido entre amigos de Embaixador Nuno) disse em entrevista exclusiva a’O Democrata por via telefónica que está disponível para desafiar qualquer pessoa que alega que a bandeira de Marrocos não devia ser hasteada no Palácio da República da Guiné-Bissau.

O diplomata de carreira com cerca de 40 anos de experiência assegurou que é admissível diplomaticamente hastear a bandeira de Marrocos no Palácio da República da Guiné-Bissau, tendo acrescentado ainda que isso não afecta nada em termos diplomáticos.

“O nosso país não tem uma residência oficial com melhores condições para albergar os hóspedes de marca, nomeadamente Chefes de Estados e Monarcas. A casa de pedras não tem condições para hospedar o Rei, por isso é que se hospedou no palácio presidencial. Isso é muito normal não há problema nenhum”, afirmou o diplomata.

Do ponto de vista cultural, comenta o diplomata, acontecem situações de género quando se desloca às zonas rurais. “Os nossos familiares deixam os seus dormitórios para os hóspedes como forma de lhes garantir uma estadia condigna”, acrescentou.

(Publicado em "Democrata GB")

(*) Nota do editor:  Claro que é admissível na concepção de algumas pessoas sobre a matéria, principalmente quando são escamoteadas as regras protocolares, regras de soberania, e também o bom senso politico, isto quando o desconhecimento sobre o assunto não predomina...

Substituir a bandeira nacional no mastro principal do edifício presidencial por outra de nacionalidade diferente, é um acto de submissão politica e territorial.

Mandaria a inteligência (e o conhecimento) que fosse levantado outro mastro ao lado para o hastear da bandeira do país do visitante. Ou não é assim Sr. Conselheiro ?!





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