O primeiro-ministro disse à população de Quebo, região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau de que chegou a hora de todos pegarem num instrumento de trabalho para o desenvolvimento do país.
Domingos Simões Pereira, que iniciou na quarta-feira uma digressão a algumas localidades do Leste e Sul do pais, manteve, quinta-feira (21), um encontro com os populares do sector de Quebo onde disse que a luta de libertação nacional só terá valido a pena se os guineenses forem capazes de desenvolver o país.
"Não é preciso acabarmos com todo o pescado nas nossas águas para que possa haver desenvolvimento. Temos sim que usar a cabeça para trabalhar, como outros povos trabalharam", sustentou.
Simões Pereira sublinhou que os guineenses merecem de facto ter uma condição de vida melhor , acrescentado que não existe outro caminho para conseguir esse desiderato que não seja o trabalho.
"Após a Mesa Redonda de Bruxelas, acredito que a única disponibilidade que existe é nós agarrarmos afincadamente ao trabalho, porque o desenvolvimento só acontece onde as pessoas produzem", referiu.
O chefe do executivo disse que se o interior do país não é acolhedor ninguém ficará lá para viver, tendo salientado que devem acabar os complexos que dividem os guineenses por causa da raça e religião.
"Nós na Guiné-Bissau não conhecemos essa diferenciação! Vivemos entre nós. Não existe outra maneira de reconstruir o país, que não seja o trabalho", afirmou.
Simões Pereira revelou que foram aconselhados pelos parceiros para copiarem os esforços que certos países fizeram para alcançar o desenvolvimento.
Indicou os casos da Malásia e Cabo Verde reafirmando que aceitou o desafio e respondeu que "nós não só vamos ver, como um dia queremos ter um melhor desenvolvimento do que os referidos países".
Recordou à população de Quebo que, depois de formar o governo esteve a resolver os problemas, para que a escola funcionasse, a cólera e a ébola não invadissem o país.
"Se o ébola não chegou até hoje ao país foi graças ao trabalho de toda a população.
O administrador do sector de Quebo, Braima Djaló, disse estar satisfeita com o empenho do Governo, sobretudo com o record nacional da compra do caju, e com o sucesso da Mesa Redonda.
Enalteceu o projecto da iluminação publica daquele sector, frisando que desde os tempos dos colonos, que Quebo se encontrava na escuridão.
Apelou para que se conceda créditos às mulheres e jovens e que seja concluída a construção do mercado local iniciada desde 1985.
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