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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Comunidade internacional satisfeita com "clima de entendimento" na G-Bissau

Os representantes da comunidade internacional na Guiné-Bissau mostraram-se, esta quarta-feira, encorajados com o clima de entendimento que se regista no país a 24 horas do início da campanha para a segunda volta das eleições presidenciais.


A satisfação foi transmitida por Ramos-Horta, representante da ONU, Ovídio Pequeno, da União Africana (UA), Ussumane Cissé, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e Joaquin Gonzalez Ducay, da União Europeia (UE).

Todos participaram num encontro promovido pelo presidente de transição guineense, Serifo Nhamadjo, com os dois candidatos à segunda volta das presidenciais.

No encontro presenciado pelos jornalistas, os dois candidatos, José Mário Vaz e Nuno Nabian, prometeram aceitar os resultados que venham a sair do escrutínio de 18 de maio próximo.

Para Ramos-Horta, as palavras pronunciadas pelos dois candidatos "são tranquilizadoras", por simbolizarem a esperança em como a segunda volta das eleições será pacífica, tal como foi a primeira volta ocorrida a 13 de abril.

O representante da União Europeia, Gonzalez Ducay reafirmou a vontade em retomar a cooperação com a Guiné-Bissau (interrompida com o golpe de Estado militar de 2012) na esperança de que as eleições terminem "com êxito".

As votações "são uma oportunidade para que os guineenses façam da Guiné-Bissau uma casa comum", observou o diplomata europeu.

A mesma esperança no sucesso da segunda volta presidencial foi manifestada pelo representante da UA, Ovídio Pequeno, bem como pelo representante da CEDEAO, Ussumane Cissé.

Este último dirigiu-se ao futuro primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e frisou que a Guiné-Bissau é membro de pleno direito da organização sub-regional africana.

As eleições legislativas realizaram-se no mesmo dia da primeira volta das presidenciais, a 13 de abril, e o PAIGC venceu com maioria absoluta.

Simões Pereira já tinha manifestado a Ussumane Cissé o interesse do próximo Governo em cooperar "a todos os níveis" com a CEDEAO e destacou que a Guiné-Bissau considera a comunidade "um espaço natural da sua integração africana" por ser uma organização à qual pertence "não por opção, mas pela realidade das coisas".

José Mário Vaz, apoiado pelo PAIGC, foi o único candidato que se dirigiu ao representante da CEDEAO, prometendo "uma política de boa vizinhança", em especial em relação ao Senegal e à Guiné-Conacri.

O representante da CEDEAO disse ter tomado "uma boa nota" das ideias avançadas pelos candidatos e líderes políticos guineenses, os quais encorajou a prosseguirem na via do diálogo.

"Depois das eleições, a CEDEAO estará sempre aqui para continuar o trabalho iniciado", observou Ussumane Cissé.



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