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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Bissau perde duas chances para cooperar com a China

A Guiné-Bissau desperdiçou duas grandes oportunidades no âmbito da cooperação com a China ao longo de 2016, afirmou o embaixador cessante da China, Wang Hua, à imprensa guineense.


O diplomata chinês especificou que a primeira delas ocorrera no passado mês de Julho, quando do Fórum da Cooperação China/África, em que meia centena de países africanos levaram cerca de 300 projectos avaliados em 50 mil milhões de dólares, que o seu país aceitou financiar.

Apesar de ter participado neste encontro, “a Guiné-Bissau não conseguiu apresentar uma ideia concreta, específica e viável, por falta de uma definição clara na sua política de cooperação com a China”, referiu o embaixador. Wang Hua assegurou que foi o seu país que tomou a iniciativa de mudar do antigo para um novo formato de cooperação entre os dois países, o que resultaria na assinatura, nomeadamente do acordo de cooperação no domínio agrícola com uma duração de 2 anos.

A outra oportunidade não aproveitada pela Guiné-Bissau, prosseguiu o embaixador, surgiu no decurso 5.ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, em que o então primeiro-ministro, Baciro Djá, à frente de uma delegação ministerial de sete pessoas, não conseguiu apresentar nenhum projecto viável capaz de mobilizar fundos do sector privado chinês. “Durante a minha estada na Guiné-Bissau trabalhei com seis primeiros-ministros”, precisou, para exemplificar as constantes trocas de governo verificadas na Guiné-Bissau.

Wang Hua, cuja missão termina no final deste ano, sublinhou que a China procurou sempre minimizar os problemas da Guiné-Bissau e deu como exemplo a iniciativa de o seu país perdoar uma dívida de Bissau de USD 30 milhões. Por outro lado, salientou o diplomata, o governo chinês ofereceu este ano um apoio financeiro de 100 milhões de yuans para financiar alguns projectos de infra-estruturas da Guiné-Bissau, entre os quais a construção da auto-estrada Bissau/Safim. Esclareceu que apoios do género seriam mais numerosos, bem como por parte do empresariado chinês, não fosse a situação de instabilidade político-institucional loca.



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