O mundo mudou muito e com ela a GB. Um dos maiores desafios do país é o de gerir esta mudança que estamos a viver, pois não existe fórmula mágica para acabar com a miséria sem ser através do trabalho.
Só se consegue o respeito do Mundo se se arrumar a casa e a solução passa pela capacidade de pôr o país a funcionar. Não há mais espaço para desperdícios, destruição ambiental ou social e perdas fúteis de recursos humanos.
Não basta apenas um novo sistema, novos processos ou tecnologia, o país precisa de um novo impulso. Por isso é imprescindível uma revisão radical nos valores de gestão.
A revisão radical nos valores de gestão, exige dos gestores o conhecimento técnico para a administração de um orçamento governamental, ou seja o gestor governamental, tem que saber e ter a capacidade para aplicar os recursos onde houver maior necessidade social.
O que se pretende portanto, é uma nova mentalidade, novas maneiras de pensar, perceber, agir e de comunicar com o mundo, isso porque é tempo dos gestores entenderem o que está mal e criar modelos/formas que lhes permitam agir, com o objectivo de pôr em marcha acções eficazes.
Todo o processo é lento e o caminho a percorrer exige tenacidade, determinação, prudência, tempo e muita perseverança.
A grande realidade porém, é que apesar de o guineense ser bastante criativo, ele é incapaz de fazer algo por sua própria iniciativa, porque está viciado em pedir.
O país está demasiado dependente dos credores.
Muita coisa pode ser feita por iniciativa própria. É preciso acreditar ter capacidade empreendedora e deixar de estar à espera que sejam sempre os outros a ter iniciativa.
A mudança pois, passa também obrigatoriamente por si próprio. Esta geração tem que mudar a sua atitude, começar a ser mais solidária, mais tolerante, menos étnico, deixar de esperar pela ajuda do governo, arregaçar as mangas para estudar e trabalhar para se sustentar, combater o assistencialismo e a dependência.
Vive-se num tempo em que só se pensa e se fala nos direitos, sobre deveres, a tendência é esquivar-se. Ora quando só se pensa em Direitos e se esquece dos Deveres dos cidadãos, corre-se o risco de se caminhar para a ineficiência, a injustiça e a hostilidade. Talvez seja a hora de acordar e mudar!
(Otílio Camacho, Abril 2015)
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