O embaixador Murade Murargy, que chegou hoje a Díli para uma visita de seis dias, disse à Lusa que a delegação é liderada pela directora-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a cabo-verdiana Georgina de Mello, e pela directora executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), a moçambicana Marisa Mendonça.
Trata-se de uma visita, explicou, que traduz a vontade da CPLP e dos Estados-membros apoiarem "a Guiné Equatorial na sua plena integração".
Sobre a adesão da Guiné Equatorial - "um facto consumado" - o embaixador disse que os restantes Estados-membros "estão tranquilos" sobre esta matéria e a contribuir "para que a Guiné Equatorial possa integrar-se cada vez mais no seio" da CPLP.
"Todas as questões estão a ser ultrapassadas. Mas não podemos esperar que a Guiné Equatorial, de um momento para o outro, consiga resolver todos os problemas que tem. Que são problemas que os outros países também têm", disse.
"Acredito que a Guiné Equatorial vai, num espaço curto, bastante considerável, estar em pé de igualdade e integrada na nossa comunidade. Não vejo que haja qualquer problema com isto em nenhum país", disse.
Murade Murargy está de visita a Díli para reuniões de coordenação com o novo Governo timorense, que tomou posse em fevereiro, e para "dar continuidade aos trabalhos da presidência da CPLP que o Governo anterior tinha assumido".
Durante esta visita, Murargy tem previsto encontros, entre outros, como o Presidente da República, Taur Matan Ruak, com o primeiro-ministro, Rui Araújo, com o ministro do Planeamento e Investimento Estratégico, Xanana Gusmão, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Hernâni Coelho.
Murargy participará ainda, na sexta-feira, na 1.ª Reunião Extraordinária de Ministros da Educação da CPLP.
Já confirmadas nesse encontro estão, além do anfitrião, Fernando La Sama de Araújo, dos ministros da Educação português, Nuno Crato, cabo-verdiana, Fernanda Marques, angolano, Pinda Simão, são-tomense, Olindo da Silva e Sousa Daio, e do vice-ministro da Educação moçambicano, Armindo Negunga.
A primeira reunião extraordinária tem como lema fomentar a união da CPLP em defesa de sistemas educativos "inclusivos, eficientes e eficazes".
O encontro - inserido na presidência timorense da organização lusófona - decorre no final de uma semana marcada por vários encontros sobre Educação, que antecedem a reunião ministerial de 17 de abril.
Na terça-feira está agendado um seminário sobre o "Plano Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2015-2020)", na quarta-feira um colóquio sobre "Ensino Técnico Profissionalizante na CPLP" e na quinta-feira a IV Reunião Ordinária dos Pontos Focais de Educação.
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