"Estão reunidas as condições para assinarmos dois protocolos. Um protocolo no ensino superior, que vai permitir que instituições de ensino superior portuguesas, universidades e politécnicos possam cooperar de uma forma institucionalizada e organizada com instituições de ensino superior de São Tomé e Príncipe", explicou Nuno Crato à chegada à capital são-tomense.
O ministro português iniciou hoje uma visita de dois dias a São Tomé e Príncipe e considerou este protocolo "importante", porque vai facilitar "o aumento de qualidade do ensino" que está a ser oferecido "forma colaborativa entre os dois países".
Relativamente à escola portuguesa, Nuno Crato explicou que foi o Governo são-tomense que "manifestou o desejo de ter em São Tomé" uma instituição de ensino lusa, anseio que teve a luz verde das autoridades portuguesas.
"Há já duas escolas de orientação portuguesa que funcionam na capital e gostaríamos que essas duas escolas se juntassem para dar origem a uma escola maior que vai desde o primeiro ano ate ao 12.º ano, que é o fim da escolaridade obrigatória em Portugal" acrescentou o ministro.
Nuno Crato adiantou que esse projecto vai arrancar "em muito poucos anos", uma vez que "já está bastante avançado, já existem ideias sobre o terreno, já existem ideias sobre a cooperação com as escolas que existem neste momento e, por isso, é um projecto que pode em muito pouco tempo dar frutos".
O ministro Nuno Crato admitiu que esse projecto implicará custos adicionais que vão ser suportados pelo Governo português, mas não avançou o orçamento, dizendo que as estimativas já estão quantificadas.
Nuno Crato, que se deslocou a São Tomé e Príncipe a convite do Governo são-tomense, foi recebido no aeroporto pelo seu homólogo são-tomense, Olinto Daio.
Os dois ministros terão um encontro na manhã de segunda-feira, durante o qual as autoridades do arquipélago farão um balanço sobre a situação da educação em São Tomé e Príncipe, seguindo-se a apresentação dos programas e metas para o ano 2022.
O governante português vai proferir uma palestra, na segunda-feira à tarde, sobre o ensino da matemática, e, na terça-feira, antes de deixar São Tomé, será recebido em audiência pelo Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, e participará num almoço oferecido pelo primeiro-ministro, Patrice Trovoada.
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