Um ambiente crispado entre deputados do Parlamento da Guiné-Bissau marcou o início dos debates do Programa do Governo, com momentos de tensão e de agressões verbais.
Por várias vezes o presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, ameaçou chamar as forças de ordem para serenar os ânimos dos deputados.
Em causa estava a substituição de parlamentares, depois de comparecerem na sala do hemiciclo alguns que tinham pedido para ser substituídos.
A situação deu-se na bancada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder, perante os protestos veementes do grupo parlamentar do Partido da Renovação Social (PRS), na oposição.
Para o PRS, a bancada do PAIGC apresenta-se com dois deputados a mais, o que, diz, contraria a lei.
O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, perante as discussões entre os deputados pediu ao primeiro-ministro, Carlos Correia, que subisse a tribuna e, em 15 minutos, apresentar o seu Programa.
Cipriano Cassamá pediu aos deputados que se acalmassem, prometendo resolver a situação de "deputados a mais" logo a seguir à apresentação do Programa do Governo.
O primeiro-ministro iniciou a apresentação do documento frisando tratar-se da continuidade dos planos do Governo exonerado a 12 de agosto de 2014 e que, disse, foi aprovado por unanimidade pelos deputados.
"O Programa do Governo mantem o mesmo, agora para vigorar para um período de três anos", defendeu Carlos Correia, que sublinhou estar a apresentar o Programa "num ambiente de crispação política" no país.
O primeiro-ministro espera, contudo, que os deputados "irão manter a sua coerência", aprovando o seu Programa do Governo.
O Parlamento guineense registou hoje uma afluência inusitada de pessoas que pretendem assistir ao vivo a apresentação do Programa do Governo, que acontece, com duas horas de atraso.
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