O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), pediu hoje a criação de um Tribunal Especial para julgar todos os crimes contra o sistema político no país.
Idrissa Djalo que falava em conferência de imprensa sobre a actual situação política no país, afirmou que desde 1998 que os guineenses e seus parceiros tentam perceber das fontes das instabilidades políticas na Guiné-Bissau.
“É verdade que as Forças Armadas participando reiteradamente na subversão da Ordem Democrática estavam a ser vistos como um centro fulcral de instabilidade na nação, mas, na verdade não são “, disse.
Para o líder do PUN, a génese do conflito político militar de 98 e que culminou com a guerra civil foi essencialmente política e o envolvimento militar e das forças estrangeiras não deixou transparecer a responsabilidade do sistema político.
“Foi com esta crise que se deu início a uma prática nefasta no país e os responsáveis políticos começaram a perceber que era possível derrubar com o apoio das Forças Armadas ou outras a Ordem Constitucional”, declarou o líder do PUN.
De acordo ainda com Idrissa Djalo daí até a data presente o país tem vivido numa cultura criminosa de golpes de uma forma repetitiva e segundo ele baseado na impunidade.
Aquele político questiona, se o sistema político estiver podre, corrupto e criminoso,”como é que podemos ter uma Força Armada republicana ou uma justiça isenta.
O epicentro dos problemas da Guiné-Bissau para Idrissa Djalo, não são as Forças Armadas, nem o sistema judicial, nem o sector privado, mas sim, o sistema político e é este sistema que representa um perigo para a nossa segurança individual e colectiva.
Djalo defende o aparecimento de uma nova força democrática que é o cidadão, que, segundo ele, não pode haver uma democracia sustentável sem a cidadania, adiantando que é importante o país sair da democracia dos partidos para os citadinos.
O Líder do Partido da Unidade Nacional considerou a figura do Presidente da República como o "calcanhar de Aquiles" da Guiné-Bissau.
Disse que José Mário Vaz, tem graves deficiências porque num debate antes das eleições de 2014, ele demonstrou desconhecer os termos de referência de um Chefe do Estado, posto para qual era candidato.
O político aconselhou ao Presidente da República a ser um verdadeiro factor de união entre os guineenses e que esteja ao serviço da Guiné-Bissau.
(via: ang)
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